A arrogância do 1º ministro, suportada pela subserviência
(que nem por decoro disfarça), aos líderes que vão levar a Europa à capitulação
total, leva-o ao desplante de afrontar o Presidente na matéria em que Passos
nem para seu estagiário serve.
O menino Tonecas de Massamá, qual iluminado, sem curriculum
para além de meia página A4, contradiz de forma acintosa a opinião do
Presidente, que quer se goste ou não, é um insigne professor de Economia e
Finanças reputado na matéria.
Cavaco Silva nos EUA, apontou com muito a propósito a
lentidão e ineficácia da reacção das instituições europeias à crise do euro e
reafirmou que o BCE na situação actual é a solução mais clara e evidente. A sua
afirmação não foi para o Correio da Golegã, foi numa entrevista ao Washington
Post. Para Cavaco e numa visão correcta, o BCE deveria comprar de forma mais
agressiva obrigações dos países pressionados pelos mercados, a exemplo do que
faz a Reserva Federal dos EUA (FED). A intervenção do BCE contribuiria para a
estabilização dos custos de financiamento. Numa situação de anormalidade dos
mercados deverá existir um financiador de última instância. Já à CNN, Cavaco Silva havia criticado as hesitações e
a cacofonia dos líderes europeus, que demoraram demasiado tempo a compreender a
pandemia da crise.
O que fez o Tonecas de Massamá?
Atónito e eventualmente acossado pelo eixo franco-prussiano,
que lhe deve ter dito para calar o Presidente, ataca-o sem qualquer sensatez.
Fica-se com a ideia de que se trata de um piloto de carrinhos de feira popular,
a dar aula de condução a um piloto de fórmula 1.
O pavor de cair em descrédito perante os patronos, leva-o no
mínimo, à deselegância de tentar
desacreditar as afirmações do Presidente que se encontra em visita oficial nos
EUA.
O Presidente que
muitas vezes criticamos pela
inacção durante o 1º mandato, em que contemporizou com os disparates
socialistas, tem sido a única voz que não se agacha a Troikas e afins, dizendo
que se cumprirá o acordo, mas apontando caminhos distintos da cartlha neo-liberal.
O Presidente sabe que a política dos Chicago Boys, (em
Portugal sem o chi), não vai dar grande
resultado, sabe que os mais frágeis vão ser devastados e a seguir os mais
fortes vão abanar, sabe que a austeridade sem o crescimento da economia real terá
repercussões irreparáveis, daí a sua veemência na crítica quando ela melhor se
pode ouvir, nos EUA.
Se o Tonecas de Massamá procura a unanimidade no discurso,
mais fácil parece ser com o líder da oposição, outro estagiário na matéria, que
está amarrado aos distúrbios que o seu mano fez antes de ir estudar para Paris
e vai ter de pagar os prejuízos por ele.
O Presidente parece ter recuperado da letargia a que nos
habituara e já é cognominado pelos correligionários, como força de bloqueio,
bem haja que o seja...
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