LIXO NACIONALIZADO

Os bancos portugueses assustaram-se e enviaram uma carta a Bruxelas em que dizem “ que há quebras de direitos e liberdades constitucionais”. Ameaçam que vão levar o Estado a tribunal.

Os nossos bancos que são lixo, segundo as notações das empresas de ranking, que têm de ser recapitalizados com dinheiro dos accionistas e na ausência destes com  os empréstimos da Troika, vêm reclamar da austeridade que lhes toca.

Os bancos que foram a causa da desgraça que se vive com a febre dos resultados e das margens operacionais, investindo capitais sem uma conveniente análise de risco, em operações absolutamente inconcebíveis (emprestaram ao comendador Berardo mil milhões de euros para comprar acções, em que elas próprias serviram de garantia), delapidaram recursos em operações meramente especulativas, desviando recursos que muita falta fazem à economia criadora de riqueza, que se envolveram em actividades  ilícitas que ainda hoje se não conhecem, mas que obrigam a injectar milhares de milhões de euros para  evitar a falência, que deveria ter sido a morte natural (BPN), arrogam-se de se queixar do Estado.

A banca nacional e internacional são a génese da miséria e a grande responsável pela capitulação de vários países e dos outros que se seguirão até à derrocada final, com a conivência dos reguladores do mercado (bancos centrais), vem agora toda ufana da sua honra justificar tratamentos de excepção.

Querem o capital sem a nacionalização? pois meus amigos, então arranjem o dinheiro sem ser à custa do Tesouro e das garantias do Estado. Querem dividendos ? Não recorram ao dinheiro garantido pelo Estado.

Acusam o Governo de bolchevistas, os trabalhadores dizem que são ultra-liberais.

A banca mundial foi a responsável pela maior hecatombe financeira de que há memória, a desregulação de possidónios como Constâncio, que pagos a preço de ouro, foram totalmente incompetentes para exercerem a missão para que foram pagos, contribuíram para o resultado que está à vista. Portugal terá em 2012 uma das maiores recessões do mundo, destruirá 115 mil empregos e levará o desemprego real para cerca de 1 milhão de pessoas.
O valor das acções em bolsa reflectem sem tibiezas o que foi a gestão bancária. Os primeiros a pagar a crise têm de ser os responsáveis, os bancos, se utilizarem os recursos do Estado devem ser nacionalizados. Mudem as administrações, porque quem desce de divisão com os meios de que dispunha não merece manter os lugares, se o mérito é avaliado pelos resultados, o que está lá a fazer a maioria? Os accionistas devem saber...