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EU NÃO SOU GAY

Sei que vou escandalizar muita gente por esta revelação, sei que amigos e amigas minhas vão ficar boquiabertos, mas já não suportava mais esta confidência que me roía todos os dias por não ter a coragem de a revelar.
Vencida a cobardia, quero-vos dizer que estou orgulhoso de não ser gay e não sê-lo foi um dos maiores presentes que Deus me deu.
Sei que hoje apesar de fazer parte de uma minoria, que para cúmulo é silenciosa, (só ouvimos declarações públicas dos que são gays), não posso deixar de transmitir uma mensagem de encorajamento para que outros me sigam e percam a vergonha de se assumirem publicamente.
Sei que vamos ter muitas incompreensões, muitas vezes desprezados em meios sociais, festas, convívios e restaurantes fashion, mas nada disso nos deve demover de assumir uma tendência a que temos direito e para a qual não manifestamos vontade- foi natural desde que nascemos- e por muito que nos tentassem pressionar, resistimos com tenacidade e sem fraquezas.
Sei que não é a mesma coisa tocar num belo rosto de mulher, beijá-la e fazer-lhe a corte, que fazer festas num barbudo, mas não importa, somos assim e temos de lidar com isso.
Sei que não é a mesma coisa sentir a pele de umas belas pernas de mulher bem depiladas, oleadas num perfume agradável, desde o dedo do pé até à coxa, que as pernas peludas de um cidadão, mas não adianta, somos assim, temos de o aceitar e fazer com que os outros nos aceitem.
Sei que umas belas nádegas de uma mulher, com uma silhueta a lembrar a IP4, não são a mesma coisa que o rabo de um garboso gay, mas paciência é o nosso gosto.
Sei que dançar com uma bela mulher, exalando um aroma pessoal único, sentindo-lhe o corpo e o arfar, não é a mesma coisa que encostarmos a cara a um barbudo e acariciarmos-lhe o cabelo num cafuné extasiante, mas não temos outra solução, porque é daquilo que gostamos.
Sei que despir uma mulher no momento em que a tentamos ter, tirar-lhe os sapatos de tacão alto, cheirá-los, passar as mãos nas pernas num movimento pausado, mas sempre ascendente, chegar ao ligueiro e que ansiamos que não tenha um stop, não é a mesma coisa que apalpar o barbudo, sacar-lhe os sapatos bicudos 45, sentir as Levi´s e desapertar-lhe o cinto, mas que havemos de fazer? Somos como somos e é tarde para mudar.
Sei que ter uma mulher e fazer amor frente a frente, olhando-a nos olhos e sentir o prazer, não é a mesma coisa que virar ou ser virado pelo barbudo, num combate com as mesmas armas, mas Deus fez-nos assim, não há que ter vergonha.
Sei que o mundo está a mudar e muda tanto, que é natural que um dia, como dizia o meu amigo Hernâni Gonçalves, ouçamos da populaça ao passar numa rua da cidade “coitado, aquele gosta de mulheres”.
Até lá há que lutar sem desfalecimentos e com coragem assumirmos o que eu próprio hoje assumi e aqui vos dou a conhecer publicamente. Eu não sou gay.
JORGE GUIMARÃES –OUT/2014
(Assinatura reconhecida)

CASTRO COZINHEIRO


TIM COOK DA APPLE ASSUME


AVIÕES RUSSOS INTERCEPTADOS


PIOR ARRANQUE


PORTAS E AS PÊRAS


MACHETE REVELA INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA


O JULGAMENTO

A vida tem momentos que nos faz desconfiar do princípio da conservação da matéria:
"Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma."- Lavoisier (1743).
Lembro-me que há cerca de 40 anos a fé de cada um ia-se reforçando na razão directa da idade. O temor do Julgamento Final que se aproximava, impunha cautelas acrescidas. As missas retratavam isso e muitos idosos assistiam a 3 e 4 por dia, com confissões diárias que os padres se cansavam de ouvir, pois os pecados não conseguiam acompanhar tanta contrição e penitência. Naquele tempo e penso não me enganar muito, se disser que hoje também há muitos que assim agem, fazia-se um “task force” final, para projectar uma eternidade com qualidade.
Era na idade da reforma que se começava a tratar a sério da dita salvação.
Não sabemos nada sobre se o método tem algum sucesso. Se o tal Julgamento existe e se vai tomar em consideração esse esforço, particularmente nos casos em que os arrependidos, levaram uma vida de farta-vilanagem durante 40 ou 50 anos e depois nos 5 finais, viram santos. Tenho dúvidas, muitas dúvidas, acho mesmo que essa hipocrisia vai contribuir para o agravamento da sentença. Como também nunca fiquei muito convencido que uma confissão seguida da extrema-unção seja um “free-pass” para o camarote celestial. Isto de arrependimentos nos minutos finais, é o pânico de se não saber o que está para lá da cortina que separa a vida da morte e a malta na dúvida evidentemente diz e faz o que for preciso.
Se pensarmos que há tanta gente a acreditar no oposto do que acredita um católico; tanta a gente a acreditar que corpo e espírito são indissociáveis e começam e acabam ao mesmo tempo; tanta gente a acreditar que o corpo morre, mas o espírito vai para uma quarentena até voltar a reencarnar; tanta a gente a acreditar que Deus não existe, porque a matéria existiu sempre; tanta a gente a acreditar em tanta coisa diferente uns dos outros, mas com a convicção que a Verdade é a deles, que racionalmente é legítimo concluir que a Verdade não existe.
Mas se por hipótese que a razão não conhece, a Verdade existir, pondo a descoberto as contradições das outras verdades, o Julgamento não será pelas crenças, fés, convicções ou o que se lhe queira chamar, será feito por cada um a si próprio. E esse sim será o momento da Verdade.

jg/out/2014

BARROSO ADEUS


CIÚMES DE MORTE

O que leva um pacato cidadão na casa dos 50 anos, com formação superior, com uma família aparentemente e na opinião dos vizinhos feliz, a assassinar à facada a mulher, a filha mais velha de 16 e deixar a mais jovem com 13 às portas da morte?
Não foi em Chicago ou em Caracas, foi em Soure perto de Coimbra.
Motivos passionais, é a justificação, ou seja foi resultado de uma discussão alimentada por ciúmes.
Quando chegou a polícia, o actor que estava fechado no quarto, pedia que o matassem.
Ciúme é "a reacção complexa a uma ameaça perceptível a uma relação valiosa ou à sua qualidade." . Provoca o temor da perda e envolve sempre três ou mais pessoas, a pessoa que sente ciúmes - sujeito activo do ciúme -, a pessoa de quem se sente ciúmes - sujeito analítico do ciúme - e a terceira ou terceiras pessoas que são o motivo dos ciúmes - o que faz criar tumulto.  (psicólogos israelitas Ayala Pines e Elliot Aronson). 
Esse sentimento apresenta carácter instintivo e natural, sendo também marcado pelo medo, real ou irreal, vergonha de se perder o amor da pessoa amada . O ciúme está relacionado com a falta de confiança no outro e/ou em si próprio e, quando é exagerado, pode tornar-se patológico e transformar-se em uma obsessão (psicóloga clínica Mariagrazia Marini) -Wikipedia.
Tragédia indescritível, com violência brutal, que desfez em minutos um quadro construído durante anos com cumplicidades e afectos.
O ciúme é o mais comum e abjecto sentimento que connosco convive diariamente, seja como sujeito passivo do ciúme dos outros, ou como usufrutuário do ciúme sobre outros.
Não é só nas relações amorosas, na actividade profissional, na política e no dia-a-dia de um modo geral, é comum o acesso de ciúmes pela maior ou menor atenção com que os líderes tratam diferentes colaboradores, ou na perda da auto-estima destes por se se sentirem ostracizados em detrimento de outros.
Como dizem os psicólogos é o pânico da perda. A patologia pode vir a seguir, como aconteceu com o engenheiro de Soure.
O que se passa é a irracionalidade do sentimento, que em última instância vai determinar que o resultado seja exactamente aquele que pretendia evitar: a perda.
É demasiado simplista limitar o tema ao “guilty” do crime. Estas ocorrências que cada vez são mais frequentes, com pessoas sem antecedentes comportamentais que a tal conduzissem, deixam-nos perplexos e sem uma lógica que nos alivie a incompreensão.
Pedir para o matar, sem que tivesse a coragem do suicídio, é como procurar a expiação por mãos estranhas. A vida da família deste ex-pacato engenheiro acabou num ápice, a mãe e uma bela filha adolescente sucumbiram em segundos a golpes de facada, o que por si ainda é mais tenebroso. O Diabo esteve em Soure e deixou marcas de ferro e fogo.
São momentos destes que nos fazem pensar que se Deus existe, distraiu-se. 

PASSOS AVISA


MINDELO´S POOL-NOITE DE DESPEDIDA


CAVACO E O BES


INFORMÁTICA PRESIDENCIAL


Cavaco telefona a Nuno Crato - (Ministro da Educação, do Ensino Superior e da Ciência)
 - Está lá? Nuno? É o Cavaco Silva. Oh, pá, ajuda-me aqui, porque o meu curso de informática foi tirado na Independente e o professor faltava muito. Comprei um computador, mas não consigo entrar na Internet! Estará fechada?
 - (Nuno Crato) Desculpe?
 - Nuno, aquilo fecha a que horas?
 - O Sr. Presidente, meteu a password?
 - Sim! Quer dizer, copiei a do Passos.
 - E não entra?
 - Não, pá!
 - Hummm... Deixa-me ver... Qual é a password dele?
 - Cinco estrelinhas...
 - Oh, Sr. Presidente! (...dasssss...).Bom, deixe lá isso agora que eu depois eu explico-lhe.
    E o resto, funciona?
 - Também não consigo imprimir! O computador diz: "Canote"... pera... Deixa cá pôr os óculos, - "Canote fainde printer”! Não percebo, já levantei a impressora, pu-la mesmo em frente ao monitor e o gajo sempre com a porra da mensagem, que não consegue encontrá-la!
 - (...dassss...). Vamos tentar isto: desligue e torne a ligar e dê novamente ordem de impressão.
 Cavaco Silva desliga o telefone. De seguida torna a ligar ao Nuno Crato...
 - Nuno, já posso dar a ordem de impressão?
 - Porque é que o Sr. presidente desligou o telefone?
 - Eh, pá! Foste tu que disseste, estás doido ou quê?
 - (...dassss...).Dê lá a ordem de impressão, a ver se desta vez resulta.
 - Dou a ordem por escrito? É um despacho normal?
 - Oh, Sr. Presidente... Eh, pá! esqueça!... Vamos fazer assim: clique no 'Start' e depois...
 - Mais devagar, mais devagar! Não sou o Bill Gates...
 - Se calhar o melhor ainda é eu passar por aí... Olhe lá, e já tentou enviar um e-mail?
 - Eu bem queria, Mas tens de me ensinar a fazer aquele circulozinho em volta do 'a'.
 - O circulozinho... pois!... Bom... vamos voltar a tentar aquilo da impressora.
   Faça assim: comece por fechar todas as janelas, Ok?
 - Espera aí...
 - Sr. Presidente?... está aí?
 - Pronto, já fechei as janelas. Queres que corra os cortinados também?
 - (...dasssss, cum cara...ooo)
   Sr. Presidente... sente-se, ok? Está a ver aquela cruzinha em cima, no lado direito?
 - Não tenho cá cruzes no Gabinete...
 - (...dasss ...dasss ...dassss) Sr. Presidente, olha para a porra do monitor e veja se me consegue ao menos dizer isto: - o que é que diz na parte de baixo do écran?
 - Samsung.
 - Eh, pá! Vá pró cara...ooo ó sr. Presidente.............
- Nuno? Nuno? 'Tá lá?... poooorrrrraaaa o que é que lhe deu?... Desligou...
Zé Caçador Out/2014

LORPATEGUI E O RUGIDO DO LEÃO