SACRIFÍCIOS...

PEQUENOS INTERESSES COR DE ROSA...

A BANCA...DESALAVANCA

                           
A desvalorização bolsista dos 3 principais bancos privados portugueses: BCP-BPI-BES no período de 1 mês foi de 1.37 milhões de euros, uma média de 57 milhões dia.
Por outras palavras a banca nacional perdeu em 30 dias, 270 milhões de contos de capitalização bolsista, 11 milhões de contos por cada 24 horas.
BCP em mínimo histórico e BES em mínimo de 15 anos. Quem foi ao aumento de capital do MILLENNIUM  está a perder 10 cêntimos em cada acção -  20 %, em pouco mais de 1 semana. O BANIF teve a notação “joker”- lixo.
A derrocada da banca nacional, está relacionada com a projecção da significativa queda da actividade económica e a necessidade de desalavancagem: crédito a clientes e carteira de dívida pública portuguesa, o que determinará a quebra dos activos.
O negócio bancário em Portugal está perante um desafio fundamental, que implicará a diminuição da dívida e por consequência menores recursos para financiar a actividade económica.
Os empréstimos às empresas e particulares, deverão ter como origem de fundos, a captação de depósitos e não  o aumento do endividamento.
A banca será mais criteriosa na concessão de crédito e os spreads galoparão, mesmo para empresas de baixo risco.
A banca contribuirá para a recessão, assim como teve grande responsabilidade na expansão do endividamento externo para financiar operações de crédito à habitação e ao consumo, que hoje indiciam um elevado nível de incumprimento e que exigirão dotações acrescidas para imparidades da carteira (provisões). A bolsa antecipa a substancial perda de resultados da generalidade dos bancos comerciais
Em síntese, assim como o Estado tem de racionalizar os seus gastos, os bancos vão ter de vender e comprar menos dinheiro, o que tudo somado dará um número negativo, conhecido como RECESSÃO.


TORMENTA OU NAUFRÁGIO?

CAMINHOS COMUNS...

Neste Junho de 2011, o futebol e a política parecem apostados em percursos curiosamente paralelos. Ontem foi o dia de Nobre e Villas Boas, hoje o de Passos e Pereira.
Novo primeiro ministro empossado, novo treinador para o Porto. Ambos têm um pressuposto comum, a dúvida que vai pairar sobre a competência para o exercício dos respectivos cargos.
O treinador, a maioria só o conhecia pela televisão ao lado de Villas Boas, a tomar notas e rejubilar com os golos e as vitórias. Um adjunto que nunca ofuscou a proeminência do mister. Uma segunda figura que emerge e que a competente administração do FC Porto lhe reconhece qualidades para a missão. Oportunidade que agarrou com decisão. Não possuindo o dom de palavra do novo técnico do Chelsea, Vítor Pereira na sua primeira entrevista como treinador do Porto deu indicações de autoconfiança e de que lutará pelos pergaminhos dos campeões. A ver vamos.
O seu companheiro de posse, também ele a justificar muitas dúvidas, fez um discurso parecido, apesar do diferente conteúdo. Passos prometeu ganhar tal como Pereira e por coincidência, ou talvez não,  um e outro só vão contar com 11 jogadores em campo, poderão fazer alterações, mas o número é o mesmo.
Ambos carregam o fardo de substituírem personalidades, que independentemente dos juízos de valor que se possam formular, tinham um carisma fortíssimo. Sócrates e Villas Boas serão as suas sombras, que estarão sempre presentes nos momentos mais difíceis. Os factores de carácter externo que lhes proporcionaram os lugares e que os favorecem no início, a muito curto prazo não servirão de panaceia para coisa alguma.
Ambos têm a protecção dos Presidentes, com a compreensão e apoio que se dá aos mais novos e inexperientes.
Por fim, ambos terão de suplantar a desconfiança que aparecerá em cada virar de esquina e que será implacável perante deslizes no cumprimento da missão (princípio de Peter).


AZEITE...AZEITEIROS E...REINVENÇÕES...

DE ABALADA EM GLÓRIA ATÉ À CHEGADA DE MÁ MEMÓRIA...

                     

20 de Junho ficará marcado por dois acontecimentos diametralmente opostos, mas que se tocam. André Villas Boas o jovem técnico do FC do Porto, assumiu a condução da equipe do Chelsea.  A natural frustração dos dragões, não pode fazer perder o discernimento. O futebol é uma indústria do espectáculo, em que os intervenientes se valorizam conforme a sua competência e resultados. Os técnicos e jogadores são profissionais, que tal como em outras actividades têm um contrato, que enuncia as condições da relação laboral. Os clubes para protegerem os seus activos, legitimamente estipulam cláusulas de rescisão,  que podem a qualquer momento ser exercidas pelo profissional ou algum clube que se interesse pelos seus serviços.
A decisão do  técnico, apesar de contraditória com o seu discurso anterior é justificável. O encaixe financeiro é 5 vezes superior ao que ganhava no Porto, o campeonato inglês é um desafio para qualquer profissional e a certeza de que uma nova oportunidade do mesmo calibre, ficaria dependente da época que se iniciar-se-á no próximo mês, pesaram decisivamente. Se os técnicos podem ser despedidos perante desempenhos menos capazes, também é justo que possam partir para novos desafios, no cumprimento escrupuloso do contrato.
A saída de Mourinho foi rocambolesca, já estava traçada, a de Villas Boas não, foi uma decisão do Chelsea de curto prazo,  influenciada pela sondagem junto dos seus fãs, que reclamaram o português, o Special Two.  Abramovich, dinheiro e o fascínio da Premier League fizeram o resto. Villas Boas merece o respeito e admiração dos portistas. Fez uma época notável e prestigiou o Porto e Portugal. O clube apesar do safanão, superará esta dificuldade inesperada.
Tratou-se de uma abalada para desafios prestigiantes.
Fernando Nobre de chegada, recebeu um enxovalho indecoroso. A maior responsabilidade não foi sua, foi vítima da impreparação e dos jogos da política que pretendeu combater na sua campanha presidencial, a que depois se sujeitou. Presidente da AR, seria um lugar para que inequivocamente não estaria preparado. O disparate do futuro 1º ministro, valeu-lhe momentos de amargura e rejeição, por parte de um conjunto de indivíduos  que não lhe chegam aos calcanhares no contributo para o bem da sociedade.
O Dr. Passos entrou com 2 pés esquerdos, justificando a sua evidente derrota pessoal, com argumentos superficiais e insossos. A ironia de Portas, foi suficiente para percebermos quem manda na coligação, que ainda nem começou e já enfraqueceu o prestígio de quem se deveria ter acautelado na negociação do acordo com o CDS e em simultâneo patrocinou a humilhação de um português, que pelo seu percurso social o não merecia.
Se acrescentarmos a isto, os convites ministeriais recusados, temos demasiados erros para quem ainda não começou sequer o serviço e já evidencia o que  muita gente desconfia, honesto mas  sem preparação para o cargo,