A MAIORIA ABSOLUTA DOS MERCADOS
Os famigerados mercados conseguiram fazer aquilo que os partidos da oposição não evidenciavam competência para tal: derrubar Sócrates.
Os autores não são conhecidos senão em abstracto, são os mercados.
Naturalmente que os ditos, apenas têm uma mão- a direita – e não entram em campanhas, nem desbaratam energias em tentar justificar as teses. Agem apenas de uma forma que tem décadas de historial – sobem e baixam juros- de acordo com sofisticadíssimas estratégias de controlo político.
Portugal e os outros necessitados, estão à mercê dos interesses do capital global
Os governos de esquerda vão caindo como fruta podre, mas antes disso, foram acorrentados a medidas que lhes foram impostas e que os irá condicionar no futuro. A direita durante alguns anos vai poder eliminar parte da Europa social, sem que a esquerda possa reivindicar, pois foi responsável solidariamente pelos acordos que a isso conduziram.
Na ilusão ingénua de que ficaria a administrar os acordos, a esquerda foi dizimada e com o ónus de ter sido a causadora da ira dos mercados.
Em alguns casos essa responsabilidade é também da esquerda, mas não nos iludamos, o capital atacou a economia pela raiz, através da implosão do sistema financeiro, para poder baixar os custos sociais e aumentar a produtividade, para cumprimento do único mandamento que a direita conhece: O dos Lucros e dividendos.
Os juros são a torneira da democracia, abre-se ou fecha-se conforme a vontade do capital. Hoje os pobres não têm escolha, apenas podem protestar e sem saber contra quem, o mundo está na mão de entidades incorpóreas, que conforme as conveniências, despedem alguns Sócrates, contratam alguns Coelhos, impõem alguns Portas e deixam alguns ranchos folclóricos para abrilhantar as festas, do género do BE e CDU. Logo que os interesses sejam outros, inverte-se e continua tudo na mesma. Os lucros são para os mercados, os prejuízos para a Sociedade.
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