A BANCA...DESALAVANCA

                           
A desvalorização bolsista dos 3 principais bancos privados portugueses: BCP-BPI-BES no período de 1 mês foi de 1.37 milhões de euros, uma média de 57 milhões dia.
Por outras palavras a banca nacional perdeu em 30 dias, 270 milhões de contos de capitalização bolsista, 11 milhões de contos por cada 24 horas.
BCP em mínimo histórico e BES em mínimo de 15 anos. Quem foi ao aumento de capital do MILLENNIUM  está a perder 10 cêntimos em cada acção -  20 %, em pouco mais de 1 semana. O BANIF teve a notação “joker”- lixo.
A derrocada da banca nacional, está relacionada com a projecção da significativa queda da actividade económica e a necessidade de desalavancagem: crédito a clientes e carteira de dívida pública portuguesa, o que determinará a quebra dos activos.
O negócio bancário em Portugal está perante um desafio fundamental, que implicará a diminuição da dívida e por consequência menores recursos para financiar a actividade económica.
Os empréstimos às empresas e particulares, deverão ter como origem de fundos, a captação de depósitos e não  o aumento do endividamento.
A banca será mais criteriosa na concessão de crédito e os spreads galoparão, mesmo para empresas de baixo risco.
A banca contribuirá para a recessão, assim como teve grande responsabilidade na expansão do endividamento externo para financiar operações de crédito à habitação e ao consumo, que hoje indiciam um elevado nível de incumprimento e que exigirão dotações acrescidas para imparidades da carteira (provisões). A bolsa antecipa a substancial perda de resultados da generalidade dos bancos comerciais
Em síntese, assim como o Estado tem de racionalizar os seus gastos, os bancos vão ter de vender e comprar menos dinheiro, o que tudo somado dará um número negativo, conhecido como RECESSÃO.


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