SILÊNCIO QUE SE VAI CANTAR O FADO
Terminado o passatempo que foi a campanha eleitoral e que custou ao erário 17 milhões, chegamos à triste conclusão de que os participantes falaram de tudo menos do essencial.
As medidas acertadas com a troika não foram afloradas e muito menos clarificadas. Ninguém esclareceu, como se um pacto tenha sido firmado pelos candidatos, em que acordaram não abordar o tema, pois todos são cúmplices no contrato. De desemprego, crescimento económico, medidas e políticas para inverter o processo recessivo em que estamos inundados, não se vislumbrou nada. Comeu-se muito, falou-se ainda mais, insultou-se quanto baste, mentiu-se bem e omitiu-se quase tudo.
No dia a seguir os discursos serão o inverso, esclarecerão tudo. Já não há nada a ganhar. Vão-se responsabilizar uns aos outros.
A hipocrisia dos políticos é incomensurável e sejam de que área forem, só vendem ilusões que a vida do pais desmente categoricamente.
Para recordar aqui ficam os indicadores do progresso nacional.
A elite que acaba de desgovernar Portugal e a que vai assumir o poder a seguir, incluindo o Presidente da República, são as piores de que há memória. A desesperança e o medo, foram os únicos sentimentos que incutiram aos portugueses, que partem para mais um ciclo de grande incerteza e miséria. Revezam-se na responsabilidade, mas são a face da mesma moeda. A escolha tem de ser pelo repúdio da mentira e mistificação, mas a alternativa não justifica grande credibilidade. Se verá...
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