A
vida tem momentos que nos faz desconfiar do princípio da conservação da
matéria:
"Na
Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma."- Lavoisier
(1743).
.jpg)
Era
na idade da reforma que se começava a tratar a sério da dita salvação.
Não
sabemos nada sobre se o método tem algum sucesso. Se o tal Julgamento existe e
se vai tomar em consideração esse esforço, particularmente nos casos em que os
arrependidos, levaram uma vida de farta-vilanagem durante 40 ou 50 anos e
depois nos 5 finais, viram santos. Tenho dúvidas, muitas dúvidas, acho mesmo
que essa hipocrisia vai contribuir para o agravamento da sentença. Como também
nunca fiquei muito convencido que uma confissão seguida da extrema-unção seja
um “free-pass” para o camarote
celestial. Isto de arrependimentos nos minutos finais, é o pânico de se não
saber o que está para lá da cortina que separa a vida da morte e a malta na
dúvida evidentemente diz e faz o que for preciso.
Se
pensarmos que há tanta gente a acreditar no oposto do que acredita um católico;
tanta a gente a acreditar que corpo e espírito são indissociáveis e começam e
acabam ao mesmo tempo; tanta gente a acreditar que o corpo morre, mas o
espírito vai para uma quarentena até voltar a reencarnar; tanta a gente a
acreditar que Deus não existe, porque a matéria existiu sempre; tanta a gente a
acreditar em tanta coisa diferente uns dos outros, mas com a convicção que a
Verdade é a deles, que racionalmente é legítimo concluir que a Verdade não
existe.
Mas
se por hipótese que a razão não conhece, a Verdade existir, pondo a descoberto
as contradições das outras verdades, o Julgamento não será pelas crenças, fés,
convicções ou o que se lhe queira chamar, será feito por cada um a si próprio.
E esse sim será o momento da Verdade.
jg/out/2014
Sem comentários:
Enviar um comentário