ARRIVEDERCI ROMA


Os mercados adoraram a  declaração de Berlusconi, de que se demitiria após a aprovação do 1º pacote de medidas impostas pela U.E à Itália e seriam convocadas eleições antecipadas.
As bolsas  mundiais deram um pique, mal o consiglieri disse que finito e só não foram ao céu, porque ele foi enigmático quanto ao candidatar-se ou não  a novo mandato.
Como os mercados são sinistros,  servem-se da esquerda ou da direita para impor as suas regras. Na Grécia assim se passou e na Itália assim se passará. O que os mercados querem é AUSTERIDADE, e a compressão da sociedade, recuperando  parte dos lucros que têm sido distribuídos pelo outro factor de produção: o trabalho. Chamam a isso ganhar competitividade...
Não lhes importa minimamente que o figurante seja socialista, comunista ou social democrata, eles querem caras novas que possam impor medidas que os novos justificam com os desmandos dos anteriores. O que faz Coelho? O que fez Papandreu? De partidos diferentes, aplicam as receitas que os mercados impõem, através de Troikas e Baldroikas, sempre justificadas pelo que tem de ser.
Verdade seja dita, que  portugueses, gregos, italianos, espanhóis e outros que se seguirão,  se puseram todos a jeito, com políticas de despesa pública e de endividamento externo, incompatíveis com a riqueza criada e sempre projectada no adiamento das soluções, medida muito cara aos políticos, que em democracia têm um tempo limitado de vida no poder. Quem vier a seguir que arrume a casa.
Chegamos ao tempo de arrumar a casa, mas os mercados quando arrumam, não é só a casa, arrumam tudo: casa, carro, saúde, educação, emprego, transportes e tudo o mais,
Os auxílios que esses mercados concedem, são pagos em taxas de juro e revertem a seu favor: a agiotagem da crise.
Como dissemos ontem, as capitulações vão continuar: Islândia, Irlanda, Grécia, Portugal e agora o “sole mio”. O Átila XXI continuará a sua ocupação fazendo lembrar o III Reich.
Arrivederci Roma.

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