A anarquia à volta do OE para
2012 está estabelecida. O Presidente provavelmente liquidou a iniquidade do
mesmo, com a acusação de que não respeita a equidade fiscal.
Por outras palavras, Cavaco
desconfia da constitucionalidade do projecto e faz bem. A falta de preparação
política e o desespero pela falta de soluções, leva os young boys que nos
tentam governar a erros sucessivos. Primeiro liquidaram as Fundações, agora
ressuscitaram-nas, a EDP recusa-se a cortar os famigerados subsídios, a banca e
os pensionistas da PT idem aspas. O Banco de Portugal decidirá o que fazer
sobre os cortes aos seus funcionários, podendo não o fazer se assim
entender. Os empresários a reboque da
medida, invocam que perante situações
de emergência as empresas devem fazer como o Estado – cortar os subsídios- . A
malta que é anti função pública e rejubilava com o desfalque aos bolsos dos
funcionários, começa a desconfiar que lhes estão a preparar alguma parecida.
A Pricewaterhouse Coopers
consultora muito requisitada, veio hoje informar, que após várias simulações
concluiu que a proposta do Governo para o OE de 2012 beneficia os contribuintes
com rendimentos mais elevados.
Os comentadores do costume,
incluindo os banqueiros, vieram saudar a coragem do Governo pelo orçamento apresentado.
Os mesmos que auferem milhões em salários, mordomias e outras benesses, que
foram acumulando enquanto o país se afundava. Grande parte dos rendimentos
dessa gente está na dívida do país. A economia como já é completamente
evidente, nunca libertou ganhos para esses enriquecimentos.
O imbróglio que foi criado pelo
regime, quer pela sua usura, quer pela incúria – veja-se o caso do BPN – em que
o Banco de Portugal foi completamente cilindrado, não exercendo a sua função de supervisão e o resultado está à vista,
só poderá ser resolvido com o sacrifício justo e colectivo.
Enquanto o país não for
esclarecido das razões objectivas porque chegamos aqui, dificilmente
compreenderá quaisquer medidas que lhe sejam impostas. Buracos e mais buracos,
mas o que é isso dos buracos? Expliquem-se, o dinheiro foi gasto, roubado,
distribuído, ou seja lá o que for, mas expliquem. Em 3 anos desapareceram
10.000 milhões de euros, em quê?
A sentença tem de ser precedida
pelo conhecimento do crime e como foi cometido, ou será que o tema submarinos
obriga o Governo a branquear o passado, pela incomodidade para um seu ilustre
membro?
Tentam aterrorizar com o
holocausto, se não se cumprir o plano da troika. A populaça vai perder o medo a
essa chantagem, que tenta acima de tudo proteger os interesses dos mais
abastados e que mais beneficiaram com a desordem financeira. A pouca habilidade
do Governo, perante a missão ciclópica que tem pela frente, já conseguiu
dividir os portugueses, entre os tramados, os a tramar e os tremendamente
tramados.
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