No futebol a
sorte é um factor incontornável. A sorte de uns é o azar de outros.
Os rivais de
Lisboa tiveram destinos e sortes diferentes.
Ambos
justificaram pertencer aos 4 melhores de cada competição, mas só o Sporting o
conseguiu. Teve a ponta de sorte que completou o mérito. Antes de marcarem
estiveram prestes a sofrer, mas sempre se mostraram fortes no contra-ataque. Os
leões não conseguem sustentar 90 minutos de jogo homogéneo, têm períodos em que
parecem um pouco perdidos, mas aí faz a diferença a grande qualidade do
guarda-redes, que por si justifica 50 % dos êxitos da campanha internacional do
Sporting.
É uma equipa jovem, abnegada e que faz das fraquezas
forças. Nunca foi favorito em qualquer dos encontros da Liga Europa, mas a
humildade como encara os jogos e o sentido de entreajuda entre os seus
elementos dá-lhe a vantagem da sinergia, são onze mas têm a vontade de 15. A
chave do sucesso está exactamente nesse detalhe, compensam os erros de uns com
o empenhamento de todos. Para além de Patrício a maioria só é conhecida dos
sportinguistas, mas os nomes não fazem equipas. Mereceram a sorte nos momentos
em que ela foi decisiva e garantiram uma meia-final só com ibéricos. O ano passado
foram 3 de Portugal e 1 de Espanha, este ano o inverso. Estar na final será
difícil, mas os lisboetas são muito capazes de o conseguir
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