A convicção
com que se fica é a de que o Porto não ganhou o campeonato, o Benfica é que o
perdeu. Significa isto que a vitória azul e branca foi das que menos brilho
teve, quer pela qualidade do futebol praticado, quer pela participação nas
outras provas em que o Porto esteve envolvido, de que foi demasiado cedo
arredado.
Se virmos os
adeptos do clube na televisão, esfusiantes pela vitória, atribuem-na quase em
exclusivo ao presidente e aos jogadores, o treinador é claramente lateralizado.
Têm razão,
Vítor Pereira não justificou o cargo, mas é um vencedor do campeonato como os outros.
O Benfica
que no momento chave da prova tinha 5 pontos de vantagem, implodiu e não conseguiu
suportar as despesas da Champions, da Liga e da Taça.
O golo
sofrido em fora de jogo na partida com o Porto, que foi um dos momentos chave
do campeonato, vai ser claramente esquecido, perante a diferença pontual que o
Porto terá sobre o Benfica no final da Liga Sagres.
Os campeonatos
ganham-se pela regularidade e o Benfica e o Braga no último terço, não
mantiveram a regularidade anterior, enquanto o FC do Porto sem brilho, é certo,
sempre com grandes hesitações, acabou por ser o mais eficaz.
As duas
vitórias decisivas, na Luz e em Braga, acabaram por ser as melhores prestações
dos dragões e conclusivas para atribuição do título.
O Benfica
vai fazer psicanálise durante muito tempo e os níveis de auto-estima vão descer
do 3º anel para o nível do relvado, pois ter 5 pontos de vantagem à entrada da
fase final do campeonato e perder 11 para o rival directo, é pesado e Jesus
questionar-se-á como deixou fugir a águia Vitória.
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