Não há
dinheiro...
Santa
paciência, não há dinheiro...esqueçam a cruzada contra os funcionários
públicos, despeçam-nos todos e continuará a não haver dinheiro.
As empresas
públicas estão sem cheta, os transportes públicos, o Metro, a Refer e muitas
outras que vivem dos empréstimos dos famosos mercados para sobreviver já não
têm quem lhes dê fiado. As câmaras estão no colapso, a dívida exposta é
colossal, a Madeira depois das jardinagens, está falida. O FMI comanda o barco,
mas apenas para não parar. O que nos fica depois dos juros e das comissões é
para amortizar dívida.
A economia
nacional está como o Titanic, o rombo provocado pelo iceberg da crise, deixou
tudo à vista. Os salva vidas - as exportações- vão ser engolidas no movimento
da sucção que se seguirá ao afundamento, que levará muito mais empresas à
falência e os desempregados serão lançados ao mar sem bóia.
Faz este mês
100 anos do mais célebre naufrágio da História, o Titanic sem o Di Caprio e a
Kate Winslet, mas com os verdadeiros figurantes, afundou na viagem inaugural
para Nova York. Perderam-se 1.700 pessoas e grande parte estava já nos
salva-vidas. A economia colhe ensinamentos na vida real e como em Abril de
1912, também hoje as empresas viáveis dificilmente escaparão à cratera que se
abrirá com o colapso generalizado a que estamos a assistir.
Refundar a
economia é refundar as pessoas e se isso fosse assim tão fácil, as palavras de
Eça de Queirós não fariam qualquer sentido, mas fazem...
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