DERROTA IMORAL


No futebol não há vitórias morais, mas há derrotas imorais.
O Benfica foi eliminado da Champions por uma equipe que lhe foi nitidamente inferior em todos os capítulos do jogo. Com 9 jogadores em campo, pois Cardoso a partir da 2ª parte parecia mais preocupado em não se lesionar para poder ingressar nos blues na próxima época, o Benfica dominou totalmente um Chelsea que se limitava a gerir sem classe a vantagem no marcador e no número de actores. Garcia, Aimar e Matic chegaram e sobraram para uma equipe velha, sem imaginação, sem qualquer ponta de comparação com o Chelsea de anos anteriores, excepto na cor das camisolas. Terry, Lampard, Kalou e os restantes, com excepção de Peter Cech e David Luís, foram vulgarizados nos 2 jogos da eliminatória.
O critério do árbitro  de Londres fez mais pelo Chelsea que Fernando Torres.
O medo que os adeptos ingleses denunciavam na bancada perante o gélido 1-1, foi o prémio de consolação para um Benfica superior, mas infeliz. Abramovitch vai ter de gastar muitos rublos para que os londrinos possam apresentar um futebol parecido com o dos portugueses.
A eliminatória só teve uma cor, a vermelha, mas o futebol tem destes sortilégios, não ganhou a qualidade, a técnica, ou a táctica, ganhou a eficácia.
Foi pena porque a meia final com o inigualável Barcelona seria muito mais atraente com o Benfica, o Chelsea não o justificou e será presa fácil para Messi, Iniesta e Xavi.
O perfume do melhor futebol do Benfica passou por Londres e os ingleses com o seu tradicional fair play reconheceram-no.
Perdeu o melhor e que justificou plenamente estar entre as 4 semi-finalistas.
Este blogue é azul e branco, mas cumprimenta a classe do Benfica, que prestigiou o país.

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