A CAPITULAÇÃO NACIONAL
Demorou, mas lá chegou...
O ministro das Finanças capitulou. Numa entrevista à TVI, o ministro assumiu o que era inexorável, a absoluta necessidade da ajuda externa, ou seja a entrada do FMI, mas tem vergonha de tomar a iniciativa, ou está a fazer birra com o presidente.
Capciosamente passa a responsabilidade para a oposição. Nada mais falso, conforme declarou hoje e muito bem, um ex-ministro socialista António Barreto, o primeiro ministro provocou a crise política, para se vitimizar e tentar escapar ao julgamento público.
É certo que a oposição não teve o saber e paciência para esperar que o eng.º caísse por si e proporcionou-lhe a liberdade condicional, quando ele deveria estar em prisão preventiva.
Propositadamente o eng.º não apresentou o PEC IV ao presidente nem ao líder da oposição, de que precisava de apoio, para provocar premeditadamente uma reacção que levasse à queda do governo.
A estratégia até poderia ter sucesso, mas o agravamento do défice de 2010 e o abalroamento que foi o conhecimento de que o PS DUPLICOU A DÍVIDA PÚBLICA para 160.000 milhões de euros (32.000 milhões de contos) , deitou por terra quaisquer veleidades de imputar culpas a outros. O PIB é praticamente igual à dívida soberana.
O jogo das cartas |
As tácticas partidárias, a falta de sentido de Estado, as conveniências de sobrevivência política, têm nomes e responsáveis:
1º-Os eleitores porque só escolhem quem promete desvarios.
2º- O Governo por completa incompetência e manipulação consecutiva da opinião pública, ocultando a situação das finanças públicas e promovendo políticas incompreensíveis perante o endividamento do país.
3º-O Presidente da República que está no mais alto cargo há 6 anos e a 1ª vez que alertou para a situação do país, foi no discurso de tomada de posse do 2º mandato, dando combustível para a crise subsequente. Não teve qualquer acção construtiva para obter um acordo parlamentar dos dois maiores partidos, adiando eleições até à resolução do problema financeiro.
4º-O PSD, com a voragem de chegar ao poder, não teve também estatura de partido responsável, pois deveria promover acções para evitar a crise política e adiar a ida para eleições. Nem sequer tem um programa de governo alternativo, está a elaborá-lo a correr.
O que espera o país é um baralhar das cartas e dar o mesmo jogo. O que está em cima da mesa não são políticas, pois já vimos que quem as comanda não está em Portugal, o país vai ter se sujeitar às receitas de quem vai emprestar os recursos para não abrirmos falência.
Mais importante que as medidas necessárias, é quem as vai implementar.
O que vamos ter de aguentar na campanha eleitoral, são as figuras mais mediáticas de cada agremiação, a debitar acusações uns aos outros. Soluções, estadistas, personalidades credíveis e com honorabilidade, não estarão na linha da frente. Só teremos players secundários, jogadores subalternos e sem curriculum na administração pública ou na privada.
A democracia com esta gente é um regime perverso e que conduz a nação à ruína.
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