COMPETÊNCIA





A entrevista do empresário, goste-se ou não da sua personalidade, põe o dedo na ferida. A Sonae é uma das maiores empregadoras do país e contribui para o PIB, como poucas.
A política está entregue a pessoas, que antes não tiveram que provar nada, para além duma boa capacidade oratória e mesmo aí nem sempre. Entram para os partidos por simpatias, vão escalando lugares no aparelho por compadrios e apadrinhamentos. Colam uns cartazes e de um momento para o outro vão para listas de qualquer coisa: concelhias, distritais e nacionais.
A avaliação de desempenho de uma maneira geral,  não tem nada a ver com competências  ou experiências profissionais em administração de organizações. Tem a ver com tertúlias, clãs e tráficos de influências. Melhor exemplo não poderia ser dado, do que analisar os currículos do 1º ministro e do candidato da oposição. Tanto o académico como o profissional, ficam muito abaixo de gerentes de pequenas e médias empresas.



Os aparelhos catapultam personalidades com discurso, não com background e depois é o que se vê, incompetentes a exercerem altos cargos, para que não estão preparados.
Como é possível administrar um país, sem experiência profissional relevante e sem o saber multidisciplinar que se impõe a um comandante de um país?
É como pôr  um condutor de carrinho de feira popular, a conduzir um fórmula 1.
É demasiado e daí o nosso sentimento de desconforto  e desorientação geral. O que se lê, vê e ouve na comunicação social é uma desonra nacional. É um barco completamente à deriva. O desânimo é absoluto, porque a política vai novamente impor  figuras sem prestígio, incapazes e incompetentes. A escolha não é escolha, é a imposição do prato do dia, não há cardápio, come do que há por vontade expressa, ou come do que há porque não tem escolha.
Os competentes não estão nos partidos, lá estão, salvo honrosas excepções, os oportunistas que se agarram ao orçamento como lapas. 80 % dos portugueses não confiam na classe, que pouco se importa com isso. Nunca se viu nenhum empertigar-se ou desistir da classe, quanto mais não seja por vergonha. Os que saem viram comentadores, entertainers das noites das tvs. No meio disto tudo a sociedade é devastada e condenada à pobreza.



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