O EMPATE DOS EMPATAS


                                                      O EMPATE TÉCNICO

A imprensa refere em destaque, a perda de fôlego do PSD relativamente à preferência eleitoral.
O facto não é surpreendente, a sociedade que está perante um quadro degradante, com um pedido de auxílio urgente, com o país a dispor de  recursos financeiros que segundo o ministro das Finanças, só chegam para as necessidades até Junho, está desorientada.
O ministro já foi severamente castigado pelo engº,  ao subalternizá-lo nas negociações com o FMI, bem como ao expulsá-lo das listas para deputados.
A desorientação é de tal dimensão, que o partido responsável pela  derrocada, surge nas sondagens perto de ser o mais votado.
A ausência política do inconsequente Presidente da República, absolutamente incapaz de contribuir para a credibilidade do regime, para além de umas palavras de circunstância, vagas e inúteis por tão óbvias, ajuda ao sentimento de orfandade que o país vive.
Não há uma personalidade, uma só que seja, que sirva de farol num túnel, que é escuro e que se não sabe onde termina.
O próprio Otelo Saraiva de Carvalho afirmou ontem e partindo do princípio de que mantém as faculdades mentais incólumes, que precisávamos de um homem com a inteligência de Salazar.
O PSD que elegeu um líder de ocasião, sem carisma, sem capacidade mobilizadora, que na maioria das vezes, sempre que falou,  mais valia estar calado, tantas foram as contradições e inoportunidades,  enredou-se na sua própria teia: não está preparado para assumir a governação.
O triste espectáculo da recusa de alguns barões aos convites do Dr. Passos e o passo em falso do convite deste ao Dr. Nobre, factos que parecem correlacionar-se entre si, criou no espírito dos eleitores o sentimento de que esta gente é demasiado impreparada para gerir o país.
O crédito de seriedade do Dr. Passos também sai muito chamuscado, perante o facto de ter reunido com o engº mais que 1 vez, para tratar do PEC4, conforme amanhã o Expresso divulgará, quando sempre foi dizendo que não fora informado antecipadamente.
A postura do primeiro ministro é a de um vendedor de banha da cobra,  a do  Dr. Passos é a de um crente no coelhinho da Páscoa e no Pai Natal, de tão insosso e de tão sem jeito.
Perante isto que pensa a maioria?
Que aguente quem nos levou para a guerra, já agora podemos bater e não vai poder desculpar-se. O outro é tão fraquinho, que não faz melhor e vai sempre invocar o anterior para os males que vá causar, não dá chance de bater.



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