OBVIAMENTE
Obviamente que as eleições que se aproximam, dispensam a leitura dos programas dos partidos, se é que estes os elaboraram, basta ler o do FMI. O PSD que é um partido de governo está a elaborar um à pressa, para poder servir de guião à campanha. Pensávamos nós, que um partido que pretende governar e está sempre a contestar aquele que está no poder, tivesse um programa elaborado, que servisse de modelo à acção política. Falso, escolheram um líder, mas não tem programa, o que pressupõe que os líderes são escolhidos sem uma estratégia definida nem publicada.
No partido do poder a diferença também não é grande. Escolheram o líder que já lá está, que se limitou a vociferar sobre a oposição, sem definir o seu programa, para além dos chavões do estado social.
Esta lacuna deve-se a quê?
Não é uma lacuna, é uma evidência. Hoje não se escolhe partidos nem políticas, escolhe-se a personalidade do 1º ministro e nada mais. O PS abdicou há muito tempo da sua matriz de socialista, é um partido social democrata, mas que assenta o seu poder no grande peso do Estado na vida pública, para poder distribuir lugares e influências.
O PSD não lhe fica atrás, só que está fora há muito tempo e tem ânsia de colocar muitos desempregados do partido.
O que se vai escolher é entre dois cidadãos, que nos vão desgovernar nos próximos anos, um já bem conhecido, vestido pela melhor e mais cara alfaiataria norte-americana, mentiroso compulsivo, arrogante, obsessivo, que ajudou a duplicar a dívida pública nos últimos 6 anos, que não conseguiu que o país crescesse e se apresentou à falência. Num país politicamente civilizado, apresentaria a demissão e não se candidataria. O partido deveria apresentar outra personalidade, tal como em Espanha e Inglaterra.
O cidadão que se lhe opõe, de Massamá, é um moço simpático, mas foi mandado para lá por outros, que não se quiseram envolver, mas pretenderam marcar posição para o que se seguirá.
Transmite a ideia de que não percebe nada de governos e de política. È comida de plástico para uma emergência, mas não serve para um banquete.
Tem 3 ou 4 pessoas que aparecem com ele, sempre os mesmos, não parece ter um partido por trás. Até o PCP consegue dar melhor imagem de unidade e esforços concertados. O Dr. Passos não tem apoio expresso de figuras do seu partido. É um líder em aluguer de pequena duração.
Neste quadro, ambas as personalidades são por si um mau presságio, para não dizer desastroso.
Se os votos em branco e as abstenções contassem, mais de 50 % da assembleia ficaria vaga.
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