MALEDICÈNCIA!!!!!!!

REPUGNANTE



                                                REPUGNANTE
Repugnante é o único adjectivo aplicável ao engº. Sócrates
Portugal está numa situação lastimável. A responsabilidade tem muitos actores, que vêm desde o Estado Novo, mas desses não vale a pena falar, porque o regime já mudou há 35 anos.
No pós 25 de Abril, o sistema tem sido sustentado por 2 partidos, PS e PSD, que a espaços se coligaram com quem lhes convinha e a quem convinha. O aumento da riqueza patrimonial do país e a melhoria das condições de habitabilidade proporcionada aos cidadãos, não foi resultado do aumento do rendimento (crescimento), foi resultado do aumento do endividamento. Os políticos destes 35 anos nunca consideraram este desequilíbrio a pedra de toque do sistema, quando sabiam que só crescimentos do PIB entre 6 e 9 % poderiam acompanhar o galope da dívida. Sabiam, mas para ganhar eleições e sustentar aparelhos e clientelas,  foram passando de uns para os outros, como no jogo da cadeirinha- começou com 10 e 9 cadeiras, vai-se retirando uma sucessivamente,  o mais lento vai sendo eliminado, até que fica o vencedor. Ou por outra, no jogo o que fica é o vencedor, aqui será o perdedor. Em Portugal há dois jogadores, mas não há cadeira.
Só com empréstimos puderam artificialmente criar o marketing do sucesso e de obra feita. Para agravar esta sopa de pedra, o dinheiro emprestado foi em grande parte despendido em realizações que custam muito em manutenções e não produzem resultados indiscutíveis. Quando o Estado encolhe nas obras públicas, o PIB ressente-se brutalmente, porque a procura interna é muito condicionada pelo rendimento dos particulares, pelo desemprego e pela inflação. Por outras palavras, só quando se exporta o que cá se faz, se minimiza o descalabro, mas aqui vem ao de cima o nosso défice de competitividade das empresas. Extrapolando os casos de sucesso conhecidos, vivemos com grandes dificuldades para competir nos preços e na qualidade, com concorrentes muito mais capitalizados e com outra capacidade de investimento em modernização.
Moral da história, você comprou a sua casa, pediu ao banco e resolveu fazer jardim, mas vai lá pouco, garagem para 2 carros, mas só tem um, piscina, mas não sabe nadar, uma adega, mas não bebe...endividou-se, os juros aumentaram, os rendimentos mantêm-se se é que não diminuíram e zás, vai ter de vender a casa por causa dos adereços. Ah é verdade,  é preciso que alguém a queira.
Portugal, passe a metáfora, não está muito longe deste quadro, mas com um detalhe, para vender só mesmo o ouro.
O engº repugna, porque foi responsável pela deterioração de todos os indicadores, mas pavoneia-se como se fosse o Marquês de Pombal, mitigando num discurso para maiores de 17, a sua própria falência como gestor dos recursos nacionais, projectando sobre os mais novos encargos inenarráveis, de que se não conhece tudo e que talvez seja melhor nem conhecer.


GLOBAL GLOBAL MAS...



             GLOBAL GLOBAL, MAS NEGÓCIOS À PARTE

Globalização, é a palavra da moda. Na economia, nos negócios, na comunicação, na política, no social, na religião, etc., tudo é global. Será?
É provável que sim, mas faz  lembrar os prédios em que vivemos, com vizinhos há muitos anos, mas que nem sabemos os nomes.
Que é isso de global, para os cidadãos de vários países que vivem em condições sub-humanas, sem acesso às premissas mínimas da decência humana?
Que é isso de global para os habitantes de  países que vivem debaixo de um clima permanente de terror, que lhes coarcta um bem essencial, a paz?
Que é isso de global para gente que vive em sociedades em que a distribuição da riqueza é de tal modo desequilibrada,  que os ricos cada vez são mais ricos e os pobres cada vez são mais e mais pobres?
Global pode ser moda, mas não ilude a questão. Independentemente de solidariedades mais ou menos desinteressadas, os povos estão por sua conta, nascer americano ou nascer português faz toda a diferença. Nascer alemão ou nascer moçambicano por si só determina a vida subsequente. Desenvolvimento, oportunidades, culturas e condições de vida, são distribuídas à partida de uma forma muito parcial. É como correr uma maratona, em que alguns atletas partem 20 klms adiantados em relação a outros.
Somos membros de uma União com 27 países e com cerca de  500 milhões de pessoas, mas com um estado de alma muito diverso. Nós, os gregos e os irlandeses vivemos uma depressão colectiva, com todos a protestar contra todos, em pânico perante a perda de qualidade de vida que lhes foi sendo proporcionada por políticas irresponsáveis, que não tiveram em conta que há ricos e há pobres, mesmo nas nações e nas uniões.
O global foi letal na nossa desgraça e na dos que estão como nós. A influência dos países ricos e o seu nível de vida, criou a ideia absurda de que poderíamos viver igual com dinheiro emprestado. Esses produzem riqueza para os seus gastos, nós os pobres, é como comprar um carro com empréstimo bancário, mas que sabemos que mais tarde ou mais cedo, não vamos poder pagar a prestação, é gozar enquanto se pode.
Da economia ao social foi um pulo, os alemães, os franceses e os nórdicos, ufanos do seu estatuto de ricos e superiores, humilham os periféricos, impondo-lhes negociações sem respeito nem reserva, aproveitando-se das miseráveis classes políticas nacionais, que desonram na praça pública, países com uma História Universal.
Global, mas cada um por si; global, mas feliz quem pode e sofre quem deve;  global, global, mas negócios à parte...


PERSISTÊNCIA

ÚTIL

O ARPÃO

SI HABLA ESPAÑOL



                 GLORIA A QUIEN HABLA ESPAÑOL
O futebol há muito que deixou de ser um desporto na acepção da palavra. É um jogo que envolve em si um conjunto de emoções que depende de muitas circunstâncias.  Trata-se de uma guerra em que os beligerantes utilizam as armas mais primárias: corpo, talento e qualidade colectiva de um conjunto  de intérpretes que a cada momento constituem o seu exército.
Os clubes reflectem o espírito da tribo que os alimenta. Quando ganha ou perde, é uma batalha que eleva ou deprime o ego dos adeptos. O clube é um estado de espírito, que congrega personalidades que em muitos casos são antagónicas noutras matérias. Quanto mais periférico, mais a guerra se intensifica. O Porto quando ganha ao Benfica, é a cidade que derrota a privilegiada capital, é o David a derrotar o Golias, é a vitória da minoria sobre a maioria, enfim é o clímax duma região. Quando o Benfica vence, os adeptos rejubilam, mas não como os do Porto, os da Luz são de muitos sítios, não é Lisboa que ganha, é só o Benfica, o Porto quando vence é a Invicta mui nobre e sempre leal cidade do Porto que ganha essa guerra.
Em Espanha com o Barcelona é igual. Mourinho que é um técnico indiscutível, teve uma noite para esquecer, ontem viu outro jogo que nós não vimos. Foi cilindrado pelo rival da Catalunha, muito antes da expulsão injusta de Pepe (70 % de posse de bola para o Barcelona), que lhe serviu de desculpa para a derrota e o seu mau perder. O Real Madrid não tem um único jogador que tenha lugar no Barça (talvez Casillas).  Messi  demonstrou inequivocamente porque é muito mais completo e influente que Ronaldo. Mourinho definha perante a superioridade do Barça e convive mal com a sua impotência. Em 20 jogos pode vencer 1 e esse já o ganhou. Foi mais humilhado pelo seu comportamento, do que pela derrota. Perder com a melhor equipe do mundo não é desprimor, como técnico da modalidade no final deveria ter homenageado a qualidade superior do seu rival e render-se à evidência. Mourinho não é um amante do futebol, é de si próprio, é um narcisista e perder deixa-o desvairado. Tanto tempo em Inglaterra, pátria do fair-play, não lhe ensinou a regra básica do jogo, glória aos vencedores, dignidade aos vencidos. As suas declarações ficam como um monumento ao mau perder, ferido na alma pela sua impotência, disparou sobre um clube que o prestigiou e que o formou para a função. Mourinho horribilis. É justo que seja punido severamente pela UEFA.
O Porto e o seu técnico conseguiram um jogo invulgar, 1ª parte sem acerto e uma estratégia inapropriada. O adversário teve as oportunidades mais claras e foi para o intervalo a ganhar com justiça. 2ª parte demolidora, com Falcão a ser a star da companhia. Os espanhóis são uma equipe forte no contra-ataque, que se partiu após o empate, obtido à entrada do período complementar. Soberba 2ª parte de uma equipe que se transfigurou e devastou a armada de Castela. Curiosamente, só quem fala espanhol marcou os 6 golos da noite. O Porto ganhou com golos colombianos.
Villas Boas manteve a sua elegância e delicadeza, não embandeirando em arco e prestigiando o seu adversário. Generais devem ter códigos de conduta, que são exemplos para jovens adeptos. Villas Boas teve a glória do vencedor, mas dignificou o vencido. Mourinho nem uma coisa nem outra.
Jesus fiel a si mesmo, disse que tanto fazia ter o Porto ou os espanhóis na final.  Outra infelicidade de um general de poucas estrelas. Deveria ter orgulho se fosse o F. C. Porto, mas a tribo não deixa. Os adeptos de ambos podem pensar assim, os generais não, têm de ser dignos do posto.


VIVER DESPENTEADA


INSANITY

EURO OU NEURO



                                        EURO OU NEURO EIS A QUESTÃO

Após a adesão à moeda única, Portugal agravou o abrandamento económico. O país que era insípido no crescimento, perdeu alguns mecanismos que de certo modo amorteciam e mascaravam a nossa baixa taxa de produtividade.
Portugal deixou de poder desvalorizar a moeda, que criava uma competitividade aparente, aumentando as exportações, porém as importações inflectiam no mesmo sentido. Com a adesão, a competitividade só pode ser alcançada pelo aperfeiçoamento do processo produtivo, de forma a ter ganhos de produtividade. O preço a que se vende os produtos e  serviços aos clientes no exterior, não pode ser manipulado pelo artíficio da desvalorização cambial.
A política monetária também foi eliminada. Portugal tal como os outros países da zona euro, perdeu a capacidade de emissão de moeda e subsequente injecção de meios monetários na economia, bem como gerir a política das taxas de juro. Todas estas prerrogativas passaram para o BCE.
A acrescer aquelas limitações, o país ficou obrigado ao cumprimento de critérios muito apertados de contenção: dívida pública: 60 % do PIB e défice orçamental não ultrapassar 3 % do PIB.
A Europa do euro, reflecte hoje as contradições da sua génese. Uma união económica e monetária com parceiros em vários estados de desenvolvimento, sem um orçamento comum e perante uma crise financeira de grande envergadura, trouxe ao de cima as fragilidades que hoje se vivem. Países com taxas sobre a dívida soberana na ordem de 20 % (Grécia, já depois do acordo com o FMI, Portugal 12% , antes do FMI e outros com taxas na ordem dos 3 % (Alemanha).
Foi como passar clubes da 2ª divisão do campeonato de futebol para a Liga de Campeões.
Portugal tem tradicionalmente no Estado a locomotiva do crescimento, através das obras públicas. A economia real que consiste na exportação de bens transaccionáveis é amorfa na progressão, agravada pelos aumentos sucessivos dos défices da balança comercial,  pois cada vez se importa mais em relação ao que se exporta, impactando no aumento do endividamento externo.
Défice e endividamento externo fora dos parâmetros aceitáveis, associados às limitações da soberania monetária, sujeitam-nos à dependência das condições impostas pelo mercado financeiro internacional.
Recessão e mais recessão é o que nos espera, pois o Estado não alavancará o crescimento por obrigatoriedade de cumprimento do défice e as empresas não disparam na produtividade de um dia para o outro.
O problema para Portugal e outros não é o euro, é a nossa falta de competitividade, que a moeda única desnudou e as políticas de desenvolvimento assentes no agravamento da dívida pública mascararam. Fomos adiando, adiando, mas com euros, escudos ou rupias, chegaria o momento de novo ajuste de contas. Ele aí está. 100 euros para um português equivalem a 50 euros para um alemão, quanto ao poder de compra relativo. 


PATRIOTAS

ABRIL EM PORTUGAL




Um 25 de Abril a seguir à Páscoa é bonito, mas como isto está, a malta nem percebe bem o que se comemora. Na televisão houve quem dissesse que o 25 de Abril de 1974  foi para atirar Salazar abaixo duma cadeira.
 Se foi para meter democracia, esta cada vez se usa menos, a malta a cada eleição vai votando tão pouquinho, que basta fazer umas dúzias de votos e tirar algumas fotocópias. O Presidente foi escolhido por 25 % dos portugueses, os governos nem isso. Os líderes partidários,  esses basta uma meia dúzia de militantes em directas ou em congresso e pumba vão para chefes. Aliás quase  90 % do pessoal não confia neles.
Se foi para sossegar os militares, foi bom, mas pelos vistos não param de  protestar, tal como polícias, bombeiros, agentes secretos, enfermeiros, aviadores e muitos outros fardados.
Se foi para libertar o povo da ditadura, o comandante do movimento diz que é preciso um líder com a inteligência de Salazar!!!
Se foi para redistribuir melhor os recursos, Oh diabo, pelos vistos só redistribuíram melhor as dívidas.
Se foi para dignificar o regime, meu Deus do céu, a coisa nunca esteve tão indigna, são fraudes, assaltos a bancos por gente do regime, utilização dos recursos públicos em interesses particulares, aeroportos para moscas e outros insectos, campos de futebol para jogar a macaca, sucateiros financiadores, submarinos de água doce e muito mais.


         

Se foi para desenvolver o país e promover o aumento da riqueza, estamos conversados, acabaram com o dinheiro que estava nos cofres, venderam ouro e conseguiram apresentar-se à falência por 2 vezes, portanto tudo o que fizeram foi com dinheiro emprestado que não sabem como pagar.
Se foi para dar oportunidades iguais, está à vista, ricos mais ricos e pobres mais pobres.
Se foi por causa da liberdade de expressão, caramba, a Internet fez mais por isso que qualquer movimento libertador.
Se  foi para acabar com a PIDE, tudo bem, mas  que há para aí polícia secreta, há e não é pouca.
Em suma, é preciso explicar bem porque a malta não sabe porque foi, nem para quê.


MARINHO PINTO


                                   OBVIAMENTE 
Obviamente que as eleições que se aproximam, dispensam a leitura dos programas dos partidos, se é que estes os elaboraram, basta ler o do FMI. O PSD que é um partido de governo está a elaborar um à pressa,  para poder servir de guião à campanha. Pensávamos nós, que um partido que pretende governar e está sempre a contestar aquele que está no poder, tivesse um programa elaborado, que servisse de modelo à acção política. Falso, escolheram um líder, mas não tem programa, o que pressupõe que os líderes são escolhidos sem uma estratégia definida nem publicada.
No partido do poder a diferença também não é grande. Escolheram o líder que já lá está, que se limitou a vociferar sobre a oposição, sem definir o seu programa, para além dos chavões do estado social.
Esta lacuna deve-se a quê?
Não é uma lacuna, é uma evidência. Hoje não se escolhe partidos nem políticas, escolhe-se a personalidade do 1º ministro e nada mais. O PS abdicou há muito tempo da sua matriz de socialista, é um partido social democrata, mas que assenta o seu poder no grande peso do Estado na vida pública, para poder distribuir lugares e influências.
O PSD não lhe fica atrás, só que está fora há muito tempo  e tem ânsia de colocar muitos desempregados do partido.
O que se vai escolher é entre dois cidadãos, que nos vão desgovernar nos próximos anos, um já bem conhecido, vestido pela melhor e mais cara alfaiataria norte-americana, mentiroso compulsivo, arrogante, obsessivo, que ajudou a duplicar a dívida pública nos últimos 6 anos, que não conseguiu que o país crescesse  e se apresentou à falência. Num  país politicamente civilizado, apresentaria a demissão e não se candidataria. O partido deveria apresentar outra personalidade, tal como em Espanha e Inglaterra.
O cidadão que se lhe opõe, de Massamá, é um moço simpático, mas foi mandado para lá por outros, que não se quiseram envolver, mas pretenderam marcar posição para o que se seguirá.
Transmite a ideia de que não percebe nada de governos e de política. È comida de plástico para uma emergência, mas não serve para um banquete.
Tem 3 ou 4 pessoas que aparecem com ele, sempre os mesmos, não parece ter um partido por trás. Até o PCP consegue dar melhor imagem de unidade e esforços concertados. O Dr. Passos não tem apoio expresso de figuras do seu partido. É um líder em aluguer  de pequena duração.
Neste quadro, ambas as personalidades são por si um mau presságio, para não dizer desastroso.
Se os votos em branco e as abstenções contassem, mais de 50 % da assembleia ficaria vaga.
Resta-nos o protesto, mas em Portas nunca, será apoiar o desconchavo dos submarinos e a hipocrisia de um colaboracionista. Pode-se optar pelo voto nos partidos do faz de conta: PCP e BE, mas é mesmo para isso, fazer de conta...resta-nos então o protesto verdadeiro, escrever no voto MARINHO PINTO.



AS FIGURAS


                                                                    AS FIGURAS

A IBERIA esteve ao rubro na semana que passou, não pela presença  do FMI em Portugal, mas sim pela disputa de jogos em que intervieram entre si os seus clubes de bandeira.
Quatro semi finalistas das duas competições europeias: Barcelona e Real Madrid na Champions, Porto  e Benfica na Liga Europa, defrontaram-se entre si para; em Espanha definir o campeão e vencedor da Taça de Espanha, em Portugal para definir o acesso à final da Taça de Portugal. Foram  3 jogos de grande emoção com os 3  resultados a serem os menos prováveis.
Para o campeonato, o Real empatou em casa dando o título ao Barça. Em Valência, passados uns dias, o favorito Barcelona sucumbiu aos merengues, perdendo a Taça num jogo que se disputou à mesma hora do Benfica-Porto, para a mesma competição portuguesa. Ao Porto  que vinha de um resultado muito negativo (0-2) ,  augurava-se uma missão impossível. Duas particularidades: Guardiola nunca tinha perdido uma final e o Porto nunca havia eliminado o Benfica na Luz.
Ambas se concretizaram,  o Porto derrotou o Benfica e o Mourinho bateu Guardiola.
Quatro clubes, quatro treinadores, quatro filosofias.
Guardiola um gentleman,  compostura permanente durante o jogo, gerindo superiormente uma equipe fantástica, com uma posse de bola mágica,  em que todos sabem o que têm de fazer como um todo. O técnico é um maestro, cuja partitura está na cabeça de cada executante. Mourinho o oposto, um guerreiro, agressivo, indelicado,  sempre a definir com dureza a estratégia em cada momento e indicações permanentes sobre a forma de agir. Tem uma equipe com uma qualidade colectiva muito inferior  à do  Barcelona, excepto num pormenor, na bravura, no espírito de combate. Isso só pode ser o treinador a incutir. A vontade, o estoicismo, o nunca deitar a toalha ao chão, é uma característica única do melhor treinador do mundo da actualidade, que arranca vitórias em situações adversas e quando não é o favorito.
Mourinho desde que chegou ao FC do Porto, nunca treinou a equipe de um clube que fosse o campeão em título, mas de todas fez campeões. Porto, Chelsea e Inter. Percurso ímpar, que só a competência justifica.
Villas Boas, parece um mix de Guardiola e Mourinho, a elegância, delicadeza e bom trato do espanhol, a agilidade e interacção do mestre. Jovem, mas já com sagacidade para ludibriar tacticamente técnicos com muita experiência.
Jesus, pertence a outra escola, que sem lhe tirar o mérito de ter recuperado o Benfica, não tem a formação científica que o futebol moderno exige. Os outros combinam as qualidades de Robson, um mestre da leitura do jogo e adequação táctica a cada momento, ao  de Van Gaal, um cientista do futebol.
A escola holandesa e inglesa são as raízes dos 3 técnicos, que associadas à sua emotividade latina  fazem deles do que há de  melhor no mundo.



JESUS CRISTO


  
                         
                                                        

O EMPATE DOS EMPATAS


                                                      O EMPATE TÉCNICO

A imprensa refere em destaque, a perda de fôlego do PSD relativamente à preferência eleitoral.
O facto não é surpreendente, a sociedade que está perante um quadro degradante, com um pedido de auxílio urgente, com o país a dispor de  recursos financeiros que segundo o ministro das Finanças, só chegam para as necessidades até Junho, está desorientada.
O ministro já foi severamente castigado pelo engº,  ao subalternizá-lo nas negociações com o FMI, bem como ao expulsá-lo das listas para deputados.
A desorientação é de tal dimensão, que o partido responsável pela  derrocada, surge nas sondagens perto de ser o mais votado.
A ausência política do inconsequente Presidente da República, absolutamente incapaz de contribuir para a credibilidade do regime, para além de umas palavras de circunstância, vagas e inúteis por tão óbvias, ajuda ao sentimento de orfandade que o país vive.
Não há uma personalidade, uma só que seja, que sirva de farol num túnel, que é escuro e que se não sabe onde termina.
O próprio Otelo Saraiva de Carvalho afirmou ontem e partindo do princípio de que mantém as faculdades mentais incólumes, que precisávamos de um homem com a inteligência de Salazar.
O PSD que elegeu um líder de ocasião, sem carisma, sem capacidade mobilizadora, que na maioria das vezes, sempre que falou,  mais valia estar calado, tantas foram as contradições e inoportunidades,  enredou-se na sua própria teia: não está preparado para assumir a governação.
O triste espectáculo da recusa de alguns barões aos convites do Dr. Passos e o passo em falso do convite deste ao Dr. Nobre, factos que parecem correlacionar-se entre si, criou no espírito dos eleitores o sentimento de que esta gente é demasiado impreparada para gerir o país.
O crédito de seriedade do Dr. Passos também sai muito chamuscado, perante o facto de ter reunido com o engº mais que 1 vez, para tratar do PEC4, conforme amanhã o Expresso divulgará, quando sempre foi dizendo que não fora informado antecipadamente.
A postura do primeiro ministro é a de um vendedor de banha da cobra,  a do  Dr. Passos é a de um crente no coelhinho da Páscoa e no Pai Natal, de tão insosso e de tão sem jeito.
Perante isto que pensa a maioria?
Que aguente quem nos levou para a guerra, já agora podemos bater e não vai poder desculpar-se. O outro é tão fraquinho, que não faz melhor e vai sempre invocar o anterior para os males que vá causar, não dá chance de bater.