TEATRO AMADOR
Leiam, vejam e ouçam a comunicação social e percebam o que é o teatro da política. Peça eterna, sem epílogo.
O país foi resgatado do default, com um programa de medidas severas, que farão disparar o desemprego estatístico para 13 % e o real superior a 15 %. As medidas provocarão uma recessão de 2 %, que é um indicador brutal numa economia já por si insípida e os portugueses nos próximos tempos vão perceber bem o que foi o contrato de resgate.
O quadro é sombrio e o que dizem os responsáveis ? Pouco muito pouco, o governo parece que está a salvar o país de uma bancarrota provocada por outros. Sobre a afirmação do líder da Troika, de que se o pedido de auxílio tivesse sido formulado mais cedo, ter-se-ia poupado muitos recursos, o governo nada diz porque lhe convém não assumir a responsabilidade do facto. Duplicou a dívida pública em 6 anos, foi advertido pelos responsáveis da UE e do FMI, conforme afirmação do chefe da delegação, sobre o colapso eminente, mas nada fez, antes pelo contrário, fez pior. O 1º ministro e o séquito de yes-men que pululam no PS dão cobertura a toda esta pantominice. O carrasco vira defensor da classe operária, dos oprimidos e expoliados. A Troika em 3 semanas limpou grande parte do estado social de que os comediantes se arrogavam defensores intransigentes.
É uma autêntica débacle disfarçada até ao limite, como se de um sucesso se tratasse. A oposição andou atrelada à companhia teatral sem talento e sem figurantes credíveis, sem criar um verdadeiro sentimento de alternativa, porque na realidade não o é. Snipers é o que a oposição tem, com a agravante de terem fraca pontaria. O país continua desorientado entre a incompetência, a ilibação de responsáveis claros, a continuação de um grupo com armas de destruição maciça e uns rapazes, (alguns nem tanto), sem postura nem prestígio para a viagem na montanha russa que agora se inicia.
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