O BOLO REI



                                          A FAVA

A situação política do país continua envolta numa bruma de que tão cedo não se livrará.
Vive-se o quadro eleitoral mais ineficaz desde o 25 de Abril. As opções do boletim são todas sem sentido. As figuras que representam os símbolos partidários,  são as mais inócuas que nos foram impostas até hoje.
A desesperança é latente em todas as áreas da sociedade. Não há um único candidato que mereça pelo menos o benefício da dúvida, todos eles são ineficazes.
Um que tem a responsabilidade total no estado em que estamos, é o que mais usa o termo irresponsabilidade, sem nunca assumir a sua, repugna já o dissemos várias vezes e enjoa a forma ridícula como debita palavras sem qualquer coerência com a realidade. Um primeiro ministro digno, que nos seus mandatos duplicou a dívida pública e gastou tanto como o somatório de  todos os governos anteriores desde Mário Soares, deveria abandonar o cargo e deixar o partido escolher livremente outra personalidade. Não o fez e os que têm responsabilidade no PS, aguardam ansiosamente que perca as eleições para o substituírem. Encurralado nas suas próprias contradições, ataca sem nexo nem articulação. Acusa o adversário de inexperiência, sem se recordar que quando foi para o lugar, era um ambientalista sem know-how reconhecido.,
Continua a invocar a crise política como resultado da ambição dos opositores, mas omite a situação de bancarrota em que o país se encontrava. Joga com as palavras sem dizer nunca a verdade.
Do outro lado, um cidadão ambicioso, que aproveitou o vazio de opções no seu partido, para conquistar o lugar que se já viu, não ser o seu. Não estava preparado nem estará nos anos próximos, para a aventura em que se meteu. É o maior óbice à derrota esmagadora que o engº merece. O Dr. Passos faz mais pelo engº Sócrates que ele próprio e  todo o PS juntos.
Depois há o entertainer, o homem dos submarinos, que no meio da desorientação enveredou por um discurso de grande educador da classe operária e afins. Moralizador, propondo uma infinidade de medidas de contenção, como se não tivesse  nada a ver com os governos por onde passeou. Oratória de um brincalhão com coisas sérias. Capcioso e sedutor na forma, aberrante na substância. Não tem credibilidade, nele tudo soa a falso e gestão de conveniência.
Dos outros animadores não vale a pena falar, porque querem votos para poder protestar e não para tomar conta do negócio.
Nós temos o direito como cidadãos, de escrutinar os políticos, de os criticar, de os censurar e avaliar, porque eles consideram-se os melhores, então obviamente sujeitam-se aos julgamentos da opinião pública. Quem não quer ser incomodado, então não incomode os outros, escolha uma actividade diferente.
Saia o que sair destas eleições, está garantida a fava do bolo rei..


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