A GUERRA NO SANATÓRIO

                       
                    GUERRA NO SANATÓRIO

A ACREAM- Associação Cultural e Recreativa dos Empregado de António Meireles S.A, organizou com intenções ainda não descortinadas, uma sessão de guerra virtual, em terrenos baldios para os lados de Valongo,  num antigo sanatório psiquiátrico há largo tempo desactivado. Também recebemos a informação de que as guerras que lá se fazem, não estão licenciadas pelas autoridades, pelos que os combatentes podem a todo o momento terem de se render à polícia e serem considerados prisioneiros de guerra na esquadra de Valongo.
Guerra virtual é uma ironia, pois o que se lá viu, foi guerra total.
O grupo da Meireles foi constituído por 4 equipes, em que cada uma delas combateu com todas as outras. Todas elas tinham elementos do sexo feminino, que no cenário de combate não se identificavam, pelo que algumas delas  foram liquidadas sem decoro nem complacência, porém as moçoilas sempre que tiveram oportunidade, também dispararam ferozmente sobre colegas, que naquela situação eram inimigos. Não se teve conhecimento de ajustes de contas relacionados com as funções na empresa, mas não se pode excluir essa possibilidade.
As equipes inimigas
Para se ver a amplitude do autêntico estado de sítio que se instalou no sanatório, basta ver que foram distribuídas 100 balas a cada atirador, o que deu cerca de 4.000 munições e mesmo assim não foram suficientes, pois alguns reforçaram o paiol. O foguetório da noite de S. João que é lançado sobre o rio Douro, parece música sinfónica comparado com os bombardeamentos a que se assistiu em Valongo.
Cobertos pelos camuflados, via-se a raiva em muitos rostos, muitos deles e delas transtornados com a metralhadora na mão, ávidos de ver o sangue a correr no inimigo.
O patronato concentrava-se na equipe 4 e nem por isso houve qualquer misericórdia, o Sr. Bernardino Meireles foi 4 vezes abatido a sangue frio, sem oportunidade de se defender. Cansado de morrer tantas vezes, no combate decisivo liquidou 3 inimigos e tomou-lhes o reduto. Também o Jorge Guimarães foi abatido 2 vezes, quando ainda aprontava a arma.
Moura e Manuel Silva -generais de equipas inimigas
Assistiu-se também aos verdadeiros horrores da guerra, um irmão sem dó nem piedade e com uma precisão brutal, despachou um gémeo com um tiro no meio da testa, que o deixou amarelo para os combates seguintes.
A vitória sorriu à equipe 4 que comandada superiormente por 2 generais experientes, o Jorge e o Nuno Meireles, que já participaram em acções de guerra no Iraque, Afeganistão e ultimamente no Iémene, foi a que mais inimigos abateu.
A Copesmal concentrada na equipe 2, como de costume tinha a conduzi-la o engº Moura, que também como de costume, levou a família toda para reforço. Adiantou de pouco, porque foi uma chacina a que sujeitou a família e o Vítor Andrade. As tácticas utilizadas foram criticadas, mas recorde-se que Moura está mais preparado para a guerrilha do que para a guerra convencional e os seus manuais são do tempo da guerra colonial. Deu pena ver a chegada dos combatentes da Copesmal, todos ensanguentados com tinta de todas as cores. A própria viatura do comandante foi alvejada, tendo este escapado por pouco a um assassínio a sangue frio (tinta fria).
Destacaram-se mais uma vez; Pisco e Ripas, que lutando em equipes inimigas, combateram até à exaustão.
Como 1 imagem vale 1000 palavras deixamos aqui alguns documentos do que foi a Guerra do Sanatório.











Estas imagens são elucidativas dos combates sem tréguas que a ACREAM preparou, sem que a responsável estivesse presente no massacre do Sanatório. De futuro deverão ser evitados este tipo de actividades, que podem conduzir ao desaparecimento de várias unidades da empresa. 
Aconselha-se a que se incentivem outras práticas de lazer mais tranquilas e que possibilitem um são  convívio, como por exemplo: torneios de  pião ou de sameira. O Moura traz a família e com a colaboração do Vítor Andrade dificilmente não conquistarão o 1º lugar.



1 comentário:

  1. "Por entre corpos mortos num holocausto cai e rebola mais uma cabeça.
    Em torno de um castelo os Homens batalham contra os deuses. Guardam um tesouro.
    Aparentemente, o mais bem guardado de todos.

    Crava-se mais uma seta, rasga a pele e ao embater partem-se costelas, abre o caminho por entre os órgãos. Caem que nem tordos.
    Porque foste fugir? Porque te mostras-te? Porque causaste esta guerra?
    Ao fundo vejo colegas, camaradas que caem e sucumbem e se entregam à morte que nem loucos.
    Porque sim meu amor, lançaste sobre a terra a febre de te querer ter. O Homem não pensa, deixou essa faculdade desde o momento em que te viu.
    Cheiro o medo dos seres ao meu lado, ofegantes. Abre-se a escotilha e somos lançados no campo de batalha.
    Medo, horror é o que vejo nos olhos dos Homens mortos, mulheres, crianças.
    "AVANTE", grita o meu capitão e avançamos de encontro ao fim da vida material, com esperança de que seja agora o momento em que os deuses tombem."

    Artista localmente reconhecido

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