S-Alô? Alô?
A- Quem fala?
S- Sou eu o Zé.
A- Olá Zé. Que mandas? estás com uma voz afogueada.
S- Ó Ângela, tens de me dar a mão.
A- Ó Zé, mas tu sabes que sou casada. És simpático e jeitoso, mas era um escândalo...
S- Não é isso Ângela, estou desesperado...
A- Ó homem que se passa? O Cavaco vai perder? ou pior o Alegre vai ganhar?
S- Não, nada disso. São os mercados...
A- Quais o do Bolhão? Aconteceu alguma coisa? Adoro comprar fruta lá e batatas...
S- Não Ângela, não gozes...é o mercado financeiro que nos está a empurrar para o FMI, isso aqui era uma desgraça. Pior que ser invadidos por Espanha.
A- Fala com o Zapatero. Ele arranja uma invasão gira, com flamenco e o Barcelona, vocês iam gostar...
S- Tens de me emprestar dinheiro...
A- Eu? Nem penses nisso, ainda não fizemos o inventário.
S- Mas se eles não compram a dívida, vai ser uma derrocada.
A- Eles não querem comprar?
S- Parece que não. Podes ser fiadora?
A- Vou falar com o Trichet. Ele compra. Queres dar submarinos em garantia?
S- Dou, mas estão avariados.
A- Porra novos e já avariados? Onde compraste?
S- Na Alemanha...
A- Ah...bem então deve ser avaria provocada por má condução. Mas está bem, vai-se arranjar. Não fiques assim. E que mais é que tens para dar?
S- Eu dou tudo o que for preciso...
A- Tudo? O Algarve?
S- Isso já não é nosso...é vosso e dos ingleses...
A- Estou a ver...talvez a Madeira...
S- Claro a Madeira, isso é já, mesmo sem nada...mas tendes de invadir, o tipo é muito chato.
A- Ok vou falar, mas não te esqueças do Zapatero, a Espanha ocupava-vos lá para Março, fazíamos uma rentrée. Levava um vestido novo, todo salero...fala com ele...fala... vou ter de desligar, está aqui a minha empregada de casa. Beijinho
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