BOLSA








Quem tem particular apetência por incursões no mercado de capitais, deverá ter umas características particulares: paciência, racionalidade, ponderação e permanente actualização da informação.
O investimento no mercado de capitais  tem sempre uma componente de jogo (risco) e outra de estratégia.
Quem se dedica a uma forma mais sofisticada de investimento, o mercado dos futuros e índices de acções, percebe melhor do que estamos a falar.
As ferramentas que suportam a decisão baseiam-se na análise técnica e na análise fundamental. A última diz mais respeito ao valor intrínseco das empresas cotadas, enquanto a técnica utiliza meios sofisticados de combinação da estatística com tendências.
Tudo o que acontece influencia: indicadores macro-económicos, alterações climatéricas, instabilidade política e social, crescimento, inflação e muitos outros. O mercado reage de imediato às informações com impacto na economia. O mercado antecipa o que a economia reflectirá num quadro temporal posterior. Daí as bolsas internacionais terem identificado a crise financeira, cerca de 1 ano antes desta cair sobre as economias. Da mesma forma, arranca ainda com os países submersos nos défices e aumento do desemprego.
O que se assiste actualmente, é à recuperação das bolsas mundiais das economias que lideram o planeta: EUA, Alemanha e Asiáticas  A dúvida é se as razões da depressão estão ultrapassadas, ou se se trata de aliviar pressões. A economia mundial e particularmente o sector financeiro, continua a ser apoiado pelos governos,  com repercussões ainda não completamente identificadas.
Portugal é um elemento periférico em toda esta dinâmica, pelo que a bolsa portuguesa continua titubeante, sem definir bem a sua tendência, tanto mais que a economia portuguesa sofre profundamente o impacto das políticas para a redução do défice, com a queda do consumo privado e das obras públicas e o crescimento baseado nas exportações, para o qual a competitividade será decisiva.
Não esquecendo o tema da nota, o mercado de capitais e para reforçar o tema da imprevisibilidade,  apresenta-se um exemplo para se perceber melhor o que é a volatilidade do mercado e as partidas que faz aos analistas, cuja competência é indiscutível, mas as variáveis em processamento são bastante mais do que aquelas que se conseguem tratar.
Esta previsão da evolução do índice SP500 que reflecte as acções das empresas financeiras norte americanas, na 2ª feira aconselhava o ataque nas posições curtas- vender mais caro, para comprar mais barato.

                                

Na 4ª o quadro é completamente diferente, novos máximos se aproximam, daí comprar posições longas, para ganhar na subida.

                                  

Um erro no momento da decisão, ainda que assente na análise técnica, desencadeia prejuízos. Investimentos em índices, através de CFDS, deve ter uma lógica de curto prazo, tal como os Warrants, deixando a opção mais conservadora para o mercado tradicional das acções, que defendem melhor o investidor. O risco é o factor permanente de quem vaguear por estas coisas, mas a adrenalina sobe como a volatilidade do mercado.
A maioria dos agentes envolvidos; amadores ou profissionais,  é bipolar, passa da euforia ao desânimo num pestanejar de olhos. Inconsciência e ousadias , pagam-se na conta bancária e os tempos não estão para isso.

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