FALIDO À FORÇA
A ameaça dos mercados financeiros sobre o país, está já no passo seguinte, só a incrível prestidigitação do Primeiro Ministro, acessorado por alguns membros do governo, ainda continuam a fazer crer que tal poderá não acontecer se cumprirmos a meta prevista para o défice de 2010. Os mercados já passaram Portugal para o grupo dos intervencionados, juntando-nos à Grécia e Irlanda. O objectivo seguinte é a Espanha e assim sucessivamente, até ficar construído o novo quadro do euro, nos termos dos interesse de alemães e franceses.
O que tornou irreversível a intervenção, para além de outros factores, é o nosso crescimento económico, que tem sido sempre inferior à média europeia e muito perto de 1 % desde 2001.
Ou seja, os credores não confiam na nossa capacidade para reembolsar os capitais investidos em Portugal.
O facto do crescimento do endividamento externo, ter resultado fundamentalmente de gastos que não se destinaram à produção de bens transaccionáveis para o mercado interno e externo, antes pelo contrário, os recursos foram deslocados para a compra de habitação e outros bens não transaccionáveis, impactou negativamente na nossa capacidade de crescer. Recorde-se novamente, que o endividamento público é cerca de 30 % do endividamento total do país.
A incapacidade política de quem nos dirigiu nos últimos 30 anos, é bem patente na dinâmica da economia, o problema não é de hoje, foi sucessivamente adiado até ao momento em que os credores dissessem basta. Chegou esse momento e sem recuo. Todos foram incapazes de inverter o modelo em que assentou o crescimento: obras públicas . Estradas e mais estradas, estádios de futebol, submarinos, etc., etc. O aumento do PIB daí originado, foi ilusão de óptica, não resultou de mais produção continuada, consumida ou exportada, pelo contrário produziu mais encargos plurianuais para conservação e manutenção de investimentos, muitos dos quais de utilidade social e económica muito duvidosa. Os economistas hoje apontam claramente, que não se ter apostado na produção de bens transaccionáveis, foi o nosso haraquiri. Nem se exportou, nem se substituíram importações.
Passando-se da discussão económica para a política, a mediocridade das elites não perde um momento para nos lembrar que está viva. Paulo Portas um dos actores secundários de pouca valia, mais parecendo um assalariado parlamentar, sempre com uma ironia pouco séria, mesmo quando falou de coisas sérias, também já diz que o governo se vier o FMI deve ser substituído. Este cidadão GANT, tipo menino de Cascais, que defende agricultores, pescadores, velhinhos e meninos desamparados, é um dos impostores que ajudou e de que maneira, a mandar o país para os cuidados intensivos. Mas cheira-lhe a poleiro, seja ele qual for e lá está ele em bicos de pés, talvez em pontas com sapatos de ballet, para dizer que contem com o grande espírito cívico do cidadão.
Grandes dirigentes teve o CDS: FREITAS do AMARAL, AMARO da COSTA, LUCAS PIRES, ADRIANO MOREIRA, entre outros, mas o tal dito PP, Partido de Portas, não passa de um grupo do betinho, salvo uma honrosa excepção: Nuno Melo.
Do actual espectro de actores que infestam o governo e parlamento, só um merece credibilidade nacional, é o Dr. Luís Amado, com experiência política, seriedade e espírito de missão. Se é do partido do governo, não é importante. Limpe a casa e refaça o elenco com personalidades capazes e sérias. O Dr. Passos deve continuar em estágio, como diz o candidato presidente: " ...a vida do país não está para experiências..."
Esta morte lenta.O nâo resolver as coisas de emediato è agoniante .
ResponderEliminarExcelentes textos que tem vindo a publicar ultimamente.