Os congressos dos partidos,
salve uma ou outra excepção, fazem lembrar as assembleias gerais dos clubes de
futebol ou outras agremiações. Mais ou menos tumultuosas conforme o momento de
cada uma, mas inócuas no que respeita a resultados práticos.
O PS ainda no ano
passado tinha tido uma, toda american style, com bandeirinhas e entrada do
protagonista cheio de seguranças ao redor, enfim um espectáculo media
deslumbrante. Os sócios da assembleia, passado um ano, repetem o show com mais
modéstia e sem bandeirinhas. Eram praticamente os mesmos que há 1 ano deram
vivas a Sócrates, que agora vitoriaram o cinzento Seguro. Moral da história, as
assembleias gerais só servem para que os sócios mais influentes tentem
beneficiar de alguma coisa, quanto mais não seja encostarem-se à nova
nomenclatura.
Pobreza franciscana, falam de
tudo menos do que é incómodo e dê descrédito ao clube, no caso concreto, a era
Sócrates foi varrida completamente dos discursos dos sócios, sem terem ao menos
o decoro de recordar que o escolheram com cerca de 90 % dos votos. O que a
malta quer é que o clube ganhe, nem que seja com o favor dos árbitros, está-se
nas tintas se o presidente de há 1 ano diz o contrário do que o substituiu.
Palmas para todos e bora lá.
Os sócios mais antigos são iguais,
para aparecerem nas televisões e jornais, dizem hoje o contrário de há 1 ano. O
outro era fantástico e não tinha substituto, fintou-os depois de ter sido
fintado pelo ministro das finanças, foi-se embora para estudar e agora vêm
proclamar que o novo é o herdeiro natural do clube.
Um circo na verdadeira acepção
da palavra e o objectivo dos artistas não é o país, é a sua própria
sobrevivência como protagonistas de qualquer coisa. A maioria não sabe fazer
mais nada a não ser trabalhar no circo.
Não se pense porém que isto se
passa apenas no PS, nos outros é igual. A democracia infelizmente vive desta
clubite sem classe e o país sofre brutalmente com lideranças incompetentes e
sem obra feita. O mais perigoso é que arrasam a economia e a sociedade e quando
são corridos, não passa nada, arranjam outro e voltam ao
discurso do costume. Vê-los na televisão incomoda, mas ao natural deve ser
pior.
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