O CHUMBO DO PRESIDENTE


A entrevista do PR veio mostrar à saciedade, porque razão o Prof. Cavaco apesar da legitimidade democrática foi eleito por apenas 20 % dos portugueses.
Há 30 anos envolvido na política nacional, quer como ministro das Finanças, Primeiro Ministro e Presidente,  ficou surpreendido com os desvios nas contas públicas quer da República quer da Madeira. Parecia um cidadão comum a justificar incredulidade perante as débacles dos políticos.
 O Professor pareceu um espectador, esquecendo que é um actor. Todos sabemos que não tem poder executivo e quando o teve, a realidade actual coloca grande responsabilidade em muitas das acções implementadas pelo então primeiro ministro que se reflectem agora na viabilidade do país. Quando essa avaliação for feita com isenção e distanciamento, conhecer-se-á a factura do Professor.
O PR podia justificar com tudo, menos com a surpresa, pois sabe onde recolher a informação para avaliar o estado das contas públicas. A Troika  chegou lá em pouco tempo e envergonhou os mais altos responsáveis políticos nacionais. No que respeita à Madeira, o próprio TC já há anos que informava toda a gente, incluindo o Professor, só se ele achava que a dívida da ilha era abençoada.
Já dissemos várias vezes que o actual Presidente é o que menos eficiência teve de todos os que passaram pelo cargo. Veja-se o ridículo da convocação da conferência de imprensa sobre o estatuto dos Açores, com grande pompa e circunstância e a ligeireza com que lida com a gravidade do rombo do Dr. Jardim.
Consegue-se perceber claramente o proteccionismo à maioria, mas durante 5 anos nada disse e fez sobre a gestão Sócrates, limitando-se a refugiar nos chavões de sempre: coesão nacional, que não tem funções executivas, que são questões que não podem vir para a praça pública, etc.
Na entrevista à TVI lançou algumas ideias sobre economia, responsabilizando os orgãos da U.E,  enquanto que na era Sócrates os mercados eram soberanos. O Presidente não é uma figura agregadora , como Mário Soares, nem tem a sua estatura política, mas esperava-se muito mais. Se tivermos de dar notas: Soares 17; Sampaio 14; Eanes 13 e Cavaco 9. 


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