O debate na tertúlia dos amigos da República, designada por AR, foi o mais British possível, com um fair-play de fazer inveja à antiga Assembleia Nacional. Apenas os do costume destoaram; BE, PCP e os tais verdes, mas esses depois da tareia que levaram no sufrágio, servem apenas para compor o ramalhete e para legitimar os outros. Não se livrarão nunca da responsabilidade de ter levado a direita ao poder. Toda a gente sabe que o país não pagou a traidores, só eles parece que ainda não se aperceberam e lá vão fazendo o folclore do costume, mas com menos Zés Pereiras.
Um observador desapaixonado questiona-se sobre a viragem de 360 graus no status da AR. Um 1º ministro educadíssimo, a ceder tempo ao PS e este elegantemente ao governo, a propagandear um quadro caótico do estado do país, que exige sacrifícios inauditos.
O anterior dizia que tudo estava bem e criticava duramente os profetas da desgraça, o actual não é profeta, ele é o clero todo, não desperdiçando uma oportunidade para esclarecer que tudo é ainda pior do que o que se pensava. E será…
O PS está meio entontecido, tem um novo líder que desceu uns degraus para a 1ª fila, mas continua com aquela pose a fazer lembrar Chance Gardiner superiormente interpretado por Peter Sellers, em Goodbye Mr. Chance.
O ar meio apatetado do inseguro Seguro, olhando para os lados, quando interpelado pelo líder da bancada do PSD, como se não estivesse a perceber coisa alguma do que se passava e a pedir socorro aos colegas de bancada, enquanto murmurava palavras infantis, fica como o melhor momento do colóquio.
O PS despachou o lobo mau e contratou o Toninho para levar os meninos para a cama a horas.
O rapaz até é simpático, mas está deslumbrado com o posto e por nada deste mundo quer mudar para a bancada da frente, pois sabe que aí teria de mostrar o que vale e ele próprio não deve saber bem.
Esperemos pelas próximas novenas para se perceber a valia real desta malta toda.
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