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Todos eles têm traços comuns, têm um Jota- Jimi, Jim, Jones, Joplin e Jade, arrebatadores, genialidade, anti-establishment e um traço vincado de contradição entre o prazer para os vários públicos que os idolatravam e o sofrimento pessoal que os perseguiu ao longo das curtas carreiras.
Como palhaços de circo que deliciam as crianças, mas que mascaram muitas vezes dores e estados de espírito tristes e infelizes.
A sociedade não se importa com o sofrimento dos geniais, se disso resultar o sublime, que ajuda a que ela própria seja menos infeliz. Se a criatividade libertadora, estiver associada a vidas devastadoras, tanto mais se enraizará o mito.
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Todos eles que abalroaram as regras do seu tempo, muito poucas vezes devem ter tido oportunidade de usufruírem do prazer que proporcionaram. A sociedade mostrou todo o seu sadismo, nunca lhes propôs um pacto de vida, pressionou os génios até à morte e contribuiu para que o macabro clube dos 27 fosse reforçado, porque para além de génios precisa de mártires e mitos.
Um viver para além dos limites geralmente aceites, com excessos de vária ordem, leva-nos a reflectir sobre a causa-efeito. Foram génios como resultados dos excessos, ou pelo contrário, excederam-se porque eram génios?
A vida continua, alguém se seguirá porque os mitos urbanos são insaciáveis...
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