PSICOFÁRMACOS



 notícia dos elevados encargos suportados com psicofármacos, impôs que entrevistássemos o conhecido psiquiatra Júlio Rachado Paz, para uma apreciação profissional e desapaixonada do momento psíquico nacional e as repercussões na vida pública portuguesa.
P- Prof. Rachado, Portugal é hoje um país doente na óptica da sanidade mental?
R- Não tenho qualquer dúvida em afirmar que sim.
P- Como se pode diagnosticar essa enfermidade ?
R- Não é uma enfermidade, são várias : depressão, esquizofrenia, bipolaridade, transtornos de ansiedade, entre outras. São as denominadas psicopatologias.
Os sintomas são os mais variados, mas basta ver os meios de comunicação social, para de imediato se diagnosticar em todas as áreas da sociedade, perigosos indícios de psicopatologias colectivas.
P- Pode o Prof. exemplificar…
Rachado Paz
R- Veja o caso dos poderes públicos, na política por exemplo: há cerca de 12 meses o país era imune a quaisquer problemas financeiros que afectavam o mundo, o anterior governo asseverava que estava tudo debaixo de controlo, últimos a entrar na crise e primeiros a sair. O desemprego não era nada de alarmante, o deficit público cifrava-se em cerca de 5.8 %. Aqui estamos perante um diagnóstico evidente de esquizofrenia. Recordo que a esquizofrenia é um transtorno psíquico gravíssimo, caracterizado por uma colecção de sintomas tais como: ALTERAÇÕES DO PENSAMENTO, ALUCINAÇÕES, DELÍRIOS E PERDA DE CONTACTO COM A REALIDADE…
P-O que se veio a verificar…
R- Claro, basta ver o discurso do novo governo passados 2 meses, que passou o país da euforia e grandiosidade à depressão. Trata-se do chamado TRANSTORNO BIPOLAR, caracterizado pela variação extrema do humor entre uma fase de maníaca ou hipomania, hiperactividade e grande imaginação, e uma fase de depressão de inibição, lentidão para conceber ideias e realizar, e ansiedade ou tristeza. Juntos estes sintomas são comummente conhecidos como depressão maníaca.
P- Encontra mais sintomas, em outras áreas ?
consumidor de psicofármacos
R- Como atrás disse, a comunicação social está diariamente repleta de exemplos. Veja a Justiça, as páginas de jornais e horas de televisão, sobre o problema do segredo de justiça. Para os epicuristas, a felicidade e mesmo a riqueza, está em desejar ou querer apenas aquilo que já se tem. Para os estóicos, a felicidade está não em desejar que ocorra o que queremos, mas, ao contrário, em desejar o acontecimento. Esta confrontação entre estas duas correntes de morais metafísicas, faz do segredo uma coisa que toda a gente sabe… e do que se sabe e que não seja segredo… não ter qualquer interesse público, por muito relevante que seja.
P- Isso também indicia um transtorno psíquico?
R- Como é evidente, estamos perante, uma sociopatia, é um distúrbio mental grave caracterizado por um desvio de carácter, ausência de sentimentos genuínos, frieza, insensibilidade aos sentimentos alheios, manipulação, egocentrismo, falta de remorso e culpa para actos cruéis e inflexibilidade com castigos e punições.
P- O quadro que refere é preocupante….
Conhecida figura pública vítima de distúrbios
R- Pois é, se verificar as estatísticas de consumo de anti-depressivos em Portugal, conclui que aumentou exponencialmente. Os políticos contribuem decisivamente, quer pelo consumo próprio, quer através das medidas que tomam, que implica uma corrida aos psicofármacos, por parte de grande maioria dos cidadãos.
P- Mas o problema não é apenas do país…
R- Claro que por toda a parte encontramos sintomas destas psicopatologias, mas não há dúvida que Portugal, é riquíssimo em todas as variantes investigadas. A psicose, que se caracteriza pela perda do contacto com a realidade, acompanhada pela falta de insight, que impossibilita o reconhecimento do carácter bizarro do comportamento, é todos os dias evidenciado nos programas de televisão, quer nos debates políticos, nos talk shows, programas desportivos, em entrevistas a figuras públicas, etc.… e não se pense que é apenas o caso do emplastro, aquele que procura as câmaras desenfreadamente…
P- Que terapias propõe?
R- Muitas psicopatologias não têm cura, a esquizofrenia dos políticos é um conjunto de sintomas crónico, repleto de alucinações, como atrás refiro, ideias delirantes que se podem manifestar de forma instantânea e explosiva, com diminuição das capacidades mentais e pobreza de pensamento.
A teoria dos neurotransmissores considera-a um excesso de dopamina na via mesolímbica e falta dopamina na via mesocortical.
No entanto a eletroconvulsoterapia também conhecida por eletrochoques é um tratamento psiquiátrico em que a acção é rápida e eficaz.
P-Os investidores internacionais estão preocupados, com o estado dos gregos, portugueses e outros...
R- E é natural que estejam, pois os receios de que os países se tornem inimputáveis, por um estado de demência colectiva, pode levar a que as dívidas públicas sejam incobráveis.
P- Mas isso seria um quadro devastador…
R- Pelo contacto que tenho com alguns colegas gregos, a situação é idêntica. O estado psíquico dos helenos é também crítico, seria bom que a União Europeia criasse uma comissão de apoio psicológico a gregos e portugueses, com distribuição gratuita de prozac e outros medicamentos, para minimizar os riscos de uma depressão irreversível. Fala-se que estão a analisar a possibilidade de vender algumas ilhas como Santorini, Mikonos e Corfu. Portugal só poderá vender as Berlengas, pois a Madeira e os Açores ninguém as quer comprar, pelos custos da insularidade.
Foi esta a opinião do Prof. Rachado Paz, acerca  do estado da saúde mental dos cidadãos dos países acossados pela crise financeira e particularmente dos portugueses.


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