CRISE POLÍTICA


                                                            


                             OS POLÍTICOS À RASCA

O engº avança hoje com o espectro da crise política, para chantagear o país. Para o engº as manifestações do fim de semana não aconteceram, nem uma palavra, excepto a sua paternal compreensão para o protesto da “irreverência da juventude”. Minimiza a incrível  matriz dos manifestantes: jovens, empregados, desempregados, pais, filhos, avós, netos...até animais de estimação.
300.000 é demasiado para o silêncio ensurdecedor do engº, mas compreende-se, o engº é demasiado pressionado pelo aparelho do partido para não se demitir, pois lá vão os tachos durante uns anos. Viu-se com Guterres, que pelo menos teve a dignidade de perceber que o interesse nacional não era ficar e lá se refugiou no apoio aos refugiados. O engº não tem cargo no horizonte, portanto tenta ganhar tempo, não tem nada a ver com o interesse nacional tem sim a ver, com o interesse pessoal.
Como não se despede, tudo faz para ser despedido, as suas acções e inacções só têm uma leitura, aparecer ao eleitorado rasca como uma vítima da aliança entre o presidente e a oposição. Por isso não informou os parceiros sociais do novo PEC, por isso não informou o presidente e por isso não acordou previamente com a única bengala de que dispôs anteriormente, o PSD.
Ele sabia que não teria apoio de ninguém, excepto da mandante, Merkel, mas exige que os outros caucionem as suas medidas e as apoiem.
As medidas deste novo velho PEC, até podem ser as adequadas, até eventualmente outras mais se justifiquem, mas o engº não tem credibilidade nem autoridade para as implementar, tal como o seu lugar tenente, o ministro das finanças, que com grande arrogância tenta justificar tudo, excepto as suas previsões  e desacertos.



















A crise política não advém dos políticos, advém da sociedade e do seu grito de revolta, quando é demasiado evidente que é massacrada de uma forma injusta e se apercebe disso de uma forma grosseira, de que as medidas do poder, para corrigir os seus disparates, afectam pouco os privilegiados e esmagam as maiorias com menores rendimentos. Compram submarinos, comprometem-se com  comboios e aeroportos, quando o país não tem nem para recuperar escolas e baixam a comparticipação nos medicamentos. Quando a sociedade assiste a escândalos sucessivos em que o Estado é lesado, para benefício de partidos e das cliques associadas ao poder, a crise passa a social e varre a classe política. Nos países do norte de África, a crise política, foi essencialmente uma crise social. A democracia é uma válvula de escape dos descontentamentos sociais, mas se os partidos do poder não forem senão duas faces da mesma moeda, então a válvula não é suficiente para suster a pressão.
O drama é que em democracia, a solução passa pela alternância e quando aí chegamos, veja-se o que espera Portugal: inexperiência, irrelevância curricular, enfim, um tiro no escuro.
O curriculum dos líderes dos 2 partidos da alternância no poder são elucidativos, ninguém com bom senso lhes daria o cargo de CEO de uma grande empresa, quanto mais de um país.


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