OS MERCADOS E A METEOROLOGIA


Continuamos hoje a dissertar sobre as relações entre os mercados e outras áreas do environment.
Vamos analisar as analogias entre o mercado e a meteorologia.
1- Logo pela manhã a pré abertura das bolsas é uma aurora ainda sem definição do que vai ser o dia. As propostas de compra e venda que começam a surgir por volta das 7,45 vão sofrendo alterações pronunciadas, que não desvendam o efectivo valor do 1º negócio da sessão. O fecho das bolsas asiáticas minutos antes e os futuros norte-americanos, indicam as tendências, mas por vezes há surpresas. É o momento de o sol alternar com as nuvens, sem se definir bem o que havemos de levar para o emprego: uma saia mais curta, um bikini oculto na Louis Vuitton, se umas calças, camisa decotada ou um casaco mais protector ou até mesmo um guarda-chuva?...neste momento tudo é possível, temos de esperar até às 8…
2- Iniciadas as transacções aí sim vamos perceber…
Num dia de subidas, o sol torna-se resplandecente com a temperatura a aquecer conforme o nível do incremento. Se o quadro for o inverso, o dia fica macambúzio e a fazer muitas caretas, isto no caso da quebra das cotações ser pouco significativa.
3- Caso a turbulência seja elevada, a chamada volatilidade, é tipo clima tropical, com muito calor e logo de seguida uma chuvada inclemente. Volta o sol e volta a chuva a um ritmo que não dá para adaptarmos o vestuário, mais vale levar tudo: bikini, guarda-chuva, saia, calças, camisa decotada, outra de gola alta e gabardine, refrescos para quando aquece e uma térmica com chã quente para os momentos de tempestade, pois a amplitude térmica vai ser elevada.
4- Também é vulgar o dia manter-se risonho, com uma temperatura a convidar uma ida à praia aproveitando o intervalo do almoço, comendo apenas um cachorro ou sucedâneo, para poder bronzear mais um pouquinho, tomar um banho, mudar de roupa rapidamente e apresentar-se novamente no serviço com o ar mais executivo do mundo, mas pouco higiénico (cheia de sal e areia...)…mas eis que uma nuvem que apareceu sem se perceber de onde e o tempo virou um cinzento carregado a puxar chuva, com um vento frio, que não dá nem para secar o bikini do último mergulho e é uma corrida até ao carro, antes que o tailleur da Maxmara seja arrasado em vez de arrasar. É a abertura das bolsas americanas, que amiúdas vezes invertem o que a marcha dos futuros durante a manhã, faziam prever. O sol da manhã deu lugar a uma tarde cinzenta, carregada de nuvens e por vezes uma tempestade, como as que temos assistido ultimamente.
5- As notícias e informações macroeconómicas que chegam por volta das 14,30 dos EUA, são fomentadoras de grandes alterações meteorológicas, com a nebulosidade durante a tarde a criar condições para fortes aguaceiros e trovoadas, bem como a descidas de temperatura, com a formação de gelo nas terras altas. O estado do mar também sofrerá, com ondas de noroeste entre 3 a 4 metros de altura, dependendo da queda das cotações.
Hoje ficamos por aqui, deixando para outra  oportunidade a apreciação da relação dos mercados com os incêndios florestais.


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