COLAPSO

                                O COLAPSO
As bolsas mundiais tiveram um dia negro, com quedas a fazer lembrar 2008 na sequência da falência do Lehman. Os índices americanos afundaram no fecho, a exemplo dos índices europeus, caindo cerca de 5 %.
O pavor que se apoderou dos mercados, sobre a provável necessidade de ajuda à Espanha, Itália e outros países, agravado pelas notícias sobre o abrandamento do crescimento económico mundial, redundou num colapso das bolsas mundiais. Os americanos, como sempre, são a génese dos crashes e mais uma vez confirmaram-no.
Quem tem curiosidade pelo comportamento dos mercados financeiros, teve hoje um dia notável, com um afundanço imparável das acções das empresas das economias mais importantes do planeta, excluindo a China.
O pavor é de tal ordem, que o Presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, veio a correr e a destempo, implorar o reforço do Fundo de Estabilização Financeira, que acerca de uma semana atrás havia sido alvo de um acordo considerado como a salvação do euro. Esta declaração, associada à do Presidente do BCE, de que a economia dá sinais de travagem, mais reforçaram a convicção de que a Europa anda a reboque dos especuladores que incendiaram a floresta e os líderes europeus limitam-se a apagar fogos isolados, que reacendem logo a seguir. Sem uma estratégia global de combate numa guerra, pois é de uma guerra que se trata, que tem como objectivo derrubar o euro, que ameaçava o domínio absoluto do dólar e criaria dificuldades adicionais aos americanos para a venda de dívida pública.
O mundo está novamente numa encruzilhada, que para Portugal tem um duplo perigo, se a situação global se eclipsar, o nosso esforço de reequilíbrio das contas públicas e do endividamento externo, será severamente agravado pela perda de exportações, que associado à recessão no consumo interno e investimento, é um cocktail explosivo, podendo agravar fortemente o desemprego.
A turbulência e o crash bolsista, antecipam qualquer coisa de muito delicado, como se um novo tsunami se esteja a formar no alto mar e a curto prazo inundará as economias mundiais, agravando ainda mais as condições das mais frágeis.
A questão política está sempre presente e as eleições que se avizinham nos EUA, serão o palco de todas as batalhas, por aí passará muito do que vai influenciar a economia e as finanças do planeta.


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