JRW NA LÍBIA



Tripoli-21.02.2011
A Líbia
A nossa viagem sofreu alguns percalços, pois o helifusca não está preparado para tão longo curso e o GPS só tinha o mapa da ibéria. Fomos parar ao Líbano, pois o nome é parecido e num restaurante perto de Ceuta indicaram-nos o trajecto. Beirute foi o resultado. Ainda jantamos na antiga Suíça do oriente, que agora mais parece uma queijaria, tantos são os buracos.
Viajamos de noite até Tripoli. Bem, isto está bonito. O Egipto comparado com isto, era uma estância de veraneio.
Perto do nosso hotel
O hotel que foi marcado aí pela agência, foi ocupado pelos manifestantes e arranjaram-nos um logradouro no sótão, por especial favor. Perguntaram de onde vínhamos e quando dissemos que do Porto, gritaram Rabat Madjer”…e nós dissemos que sim, apesar de que estávamos convencidos que ele marroquino…para o efeito não interessava e dissemos que tem estado a jogar muito bem e que tinha marcado um golo de calcanhar o ano passado, contra o Barcelona. Olharam uns para os outros, tipo …estes gajos não percebem nada de bola”, mas pronto lá nos deram o sótão…
Estaline no epicentro
Bem, enquanto no Egipto era tudo na Praça, aqui tudo é Praça. Tiroteio, correrias, não se sabe quem é a favor e quem é do inimigo. Andávamos com uma bandeira da cruz vermelha, mas estava a dar confusão, era confundida com a das cruzadas, que não é muito bem vista por estes lados. Lá pegamos na nossa bandeira das quinas e aí sim, tudo conhecia e apoiava….”RONALDO…RONALDO….” o costume. Não era nada mal pensado substituir o brasão da bandeira, pela fotografia do Cristiano. É o grande protector da pátria Lusíada.
Apresentação de cumprimentos
O que se percebe é que o coronel Kadafi vai ter um problemita. O único que o está a apoiar é o filho, mas é muito pouco. Diz-se que, mesmo o alfaiate, que foi o responsável pelos fatos esquisitos que usou desde sempre, está contra. Diz que foi 40 anos a fazer túnicas, quando ele tinha formação calceira.
O barbeiro também está revoltado, diz que passou a vida a fazer-lhe caracóis, que já não aguentava mais. O chapeleiro também não está muito satisfeito, segundo disse foram quase 40 anos a fazer cestos de pão para a cabeça, que também estava fartinho. Diga-se com reserva, que o dono da chapelaria fornecedora do coronel, é um famoso gay líbidinoso líbio.
Também ficamos a saber que a Líbia produz muito petróleo, o que não ajuda muito, pois dizem que prejudica a lavoura.
O pessoal está muito chateado e quer mudanças. Talvez trocar, a Líbia ficar com General Mubarak e o Egipto com o coronel, mas tem de o promover, para não haver descriminação.
O Julius Rimante continuará no terreno e informará durante 24 horas, directamente de onde nos for possível.


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