"A Alemanha é um perigo para a Europa"
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Trata-se do comando político sobre os mais pobres, sem o encargo de os incluir no orçamento alemão. Pese o seu contributo para o orçamento comunitário, a política alemã condiciona, como se de uma instância superior se tratasse, a política dos governos europeus menos abastados, definindo as orientações dos Estados da EU.
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A contracção alemã e o seu programa de austeridade, foi motivo para as reflexões que a seguir se descrevem, quer de Soros, quer de Krugman.
Pela envergadura das mesmas, o JRW, dá a conhecer aos leitores o seu conteúdo.
"Em causa está a decisão da Alemanha de avançar com um pacote de medidas de austeridade de 80 mil milhões de euros, que foi prontamente criticado pelo Governo francês e pela Administração norte-americana, segundo os quais, dado o relativo baixo nível de endividamento, caberia à economia alemã puxar pela europeia e aumentar a sua procura interna, numa altura em que muitos dos seus parceiros estão a ser forçados pelos mercados internacionais a cortar a fundo nos défices.
Não o fazendo, é a retoma da Europa que estará em perigo, dando mais probabilidade a um cenário de regresso da recessão, alegam Paris e Washington."
“Neste momento, os alemães estão a arrastar os seus vizinhos para a deflação, que conduzirá a um longo período de estagnação. E essa circunstância é favorável aos nacionalismos, à agitação social e à xenofobia. É a própria democracia que pode estar em risco”-Soros.
"A Alemanha está globalmente isolada. Porque não deixam os salários subir? Isso ajudaria outras economias da União Europeia a recuperar”
A orientação política alemã está a ser crescentemente contestada – dentro e sobretudo fora da Europa. Em véspera da cimeira do G20 deste fim-de-semana, em Toronto, Barack Obama pediu a Angela Merkel para que não ponha o “travão cedo demais” – sugestão rejeitada em Berlim, que lembrou estar a fazer a retirada progressiva dos estímulos introduzidos durante a fase mais aguda da recessão, em linha com as orientações fixadas pelo próprio G20.
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O professor da Universidade de Princeton adverte inclusive para o cenário de uma guerra comercial entre EUA e Europa. "Se o euro passar a ter paridade com o dólar, os europeus vão ficar admirados com a s exigências que o Congresso dos EUA fará, e eu apoiarei", vaticinou. "Não permitiremos que alguns países exportem a sua política de austeridade e façam aumentar o desemprego nos Estados Unidos", alertou ainda Krugman."
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