Ontem no Parlamento, o pretenso ministro da Economia referiu-se ao
desemprego como “o coiso”. As intervenções de Pereira, ou a ausência delas, fazem
parte do anedotário deste governo e qualquer “coiso” que o homem diga faz
escaparate nos jornais e televisões.
O problema é que a boca fugiu-lhe para a verdade, ele não podia dizer
outra “coiso”, aliás todo o governo deve nas suas intervenções sempre que se
referir ao desemprego, empregar a designação muito bem escolhida por Álvaro
Pereira “o coiso”.
Quando desconhecemos as coisas ou não nos lembramos de alguém, é normal
utilizarmos esse novo artigo indefinido “o coiso”. “eh pá foi “o coiso”, que há
uns meses disse isto e aquilo…”; “eh pá foi aquele “coiso” nos EUA que provocou
a crise financeira…”; “..eh pá aquele “coiso”, que o Passos Coelho disse sob os
desempregados…” e por aí fora…
Portanto “coiso” é substantivamente a ignorância ou falta de memória.
Pereira está no 1º grupo, ele e os parceiros do executivo ignoravam a dimensão
do “coiso”, ficaram até surpreendidos pelo “coiso” ter subido tanto, com mais
200.000 novos coisados só num ano.
Aderentes da rede "o coiso" |
“O coiso” tem já mais de 1 milhão de aderentes, o que dá para uma rede
social razoável e promete crescer, não tanto como o Facebook, mas até final do
ano é natural que tenha mais gente que os que votaram nos partidos do governo.
“O coiso” tem também uma particularidade curiosa, consegue reunir as várias
gerações, religiões, preferências partidárias e sexuais, clubísticas, culturais,
literacias e muitas mais, ou seja “o coiso” é a coisa mais democrática e
abrangente que mais contribui para a coesão nacional.
Se pensarmos que “o coiso” em Espanha, na Grécia e em todo o mundo tem a
mesma matriz, aí está, encontramos o maior
denominador comum para a união Universal: “O COISO”.
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