A taxa de desemprego real em Portugal atingiu os 20 % no 1º trimestre de
2012, o que equivale a dizer que 1 milhão e cem mil pessoas não têm trabalho.
Os números oficiais são propositadamente tratados, para não incluírem um grande
número de desempregados, que por expediente estatístico não são considerados.
Os jornais estão cheios de
opiniões de cadastrados políticos, que contribuíram cada um a seu modo para a
situação que se vive. Todos são unânimes em que o desemprego é o maior problema
e que vai continuar a agravar-se. Uns tentam amortecer a responsabilidade do
governo, outros servem-se disso para responsabilizar as opções do Dr. Gaspar e
Associados.
Gerem o desemprego e a desdita das vítimas como arma de arremesso,
ninguém tem uma estratégia de acção para atacar a sério o crucial problema da
crise que deixará o país em pantanas. Por cada 50 empresas que sucumbem, nascem
2 criadas com capital intensivo, que faz da mão-de-obra o factor de risco.
Reconstruir uma economia para absorver o mar de gente que todos os dias
fazem crescer as estatísticas do desemprego, não é viável numa década e o crescimento
está dependente de uma varável que não existia há 10/15 anos; a globalização.
O Governo é especialista no ajustamento orçamental, mas completamente
inapto para gerir o crescimento, ou melhor ainda, faz tudo para o fazer resvalar.
Já se percebeu que os menos apetrechados da U.E, não têm qualquer
possibilidade de saírem de um buraco em que foram metidos, pela facilidade
criminosa do crédito ilimitado com que foram brindados durante 10 anos e que de
uma assentada viram ser-lhes retirado o sistema de rega e as culturas vão
secando.
Sem uma estratégia concertada e comum, a Europa vai implodir, se já não
implodiu. Faça o que se fizer, demorou-se tanto tempo que o que deveria ter
sido preventivo, vai ser um paliativo para aliviar a dor, mas não para debelar
o mal.
Conseguir investimento para construir um novo tecido empresarial, que
capture o desemprego que está à solta, não consta dos manuais do liberalismo e
Keynes é um proscrito. A fasquia é demasiado alta para os grandes, quanto mais
para o Dr. Gaspar e Associados.
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