POLITICA


       TODA A VERDADE
À redacção do JULIUS RIMANTE tem chegado um profuso número de emails, a saber das razões porque ainda não ouvimos o líder da oposição Podre Passo de Coelho.

Para esclarecimento dos leitores, já havíamos solicitado diversas vezes uma entrevista, mas que sempre nos foi negada por razões de agenda.
Podre Passo no intervalo das suas viagens para Espanha, acedeu a uma pequena entrevista, para esclarecer algumas questões que muitos leitores nos colocaram.
P- Dr. Passo de Coelho, um leitor endereça-nos uma pergunta que de imediato lhe colocamos. A mesma diz” …perguntem a essa marionete do Ângelo, que parece um papagaio bem-falante, mas que dá a ideia de que não percebe nada do que diz, que ideia foi essa da revisão constitucional”.
R- Agradeço a oportunidade e as amáveis palavras do v. Leitor, que me dá o mote para explicar. Como sabem a Constituição tem de ser revista, o que concordei de imediato. Aquilo de a Constituição estar em livro já se não usa. Os países mais avançados apresentam a Constituição numa revista, bonita, com cores e fotos alusivas. Foi aquilo que em primeira instância pretendi, uma Constituição em revista com periodicidade mensal. Mas não fazia sentido se não a modernizássemos, daí as alterações propostas.
P- Os despedimentos por facto atendível?
R- Claro.
P- O que se pretende com facto atendível?
R- Foi um lapso, eu disse entendível, mas veio a público atendível.
P- E o que é isso de atendível ou entendível?
R- É tudo aquilo que se entende e que leva ao despedimento.
P- Pode ser mais explícito?
R- Ainda não chegamos a uma versão final, mas segundo o Ângelo, um dos meus conselheiros, é um facto que a entidade patronal entenda como atendível para despedir um empregado.
P- Mas isso não é muito vago e pode levar à discricionariedade?
R- É natural, ainda que eu não entenda bem o que pretende com a palavra, mas se bem percebo; é que o despedimento deve ser discreto. Eu acho que sim, o empregado deve ser despedido mas com muita discrição. Segundo o Ângelo, um dos meus conselheiros, se a entidade patronal entender que a acção do empregado, ou a falta dela, é susceptível de ser atendível para despedimento, há toda a legitimidade.
P-???
R- Se me permite ainda, é importante perceber que essa calúnia de que estamos a liberalizar os despedimentos, é completamente infundada. O que nós dizemos, é que é legítimo despedir; se o facto for entendível, atendível, compreensível, perceptível ou em última instância; previsível, cabendo naturalmente à entidade patronal, como órgão responsável, verificar se estão cumpridas as condições constitucionais. O meu conselheiro Ângelo, é da opinião que as empresas com mais de 10 trabalhadores, disponham de um constitucionalista avençado.
P- Dr. Passo de Coelho, um outro leitor refere num email, que passamos a transcrever literalmente ” …o que é que esse palhaço disfarçado de político enlatado, pretende com a reforma do serviço nacional de saúde? Liberalizar o negócio para o Ângelo e outros que tais?”
R- Agradeço que me faculte o endereço de email do seu leitor, para lhe poder responder pessoalmente à amável saudação, Sobre isso já se falou muito. O que se pretende com a medida é que quem ganhe mais que 475 euros mensais e como sabemos é uma parte significativa da população, segundo o meu conselheiro Ângelo, terá de acorrer aos hospitais privados, libertando para os serviços públicos a restante população, essa sim carenciada.
P- Mas isso é um retrocesso no Serviço Público de Saúde, a que todos os cidadãos têm direito.
R- Não é retrocesso nenhum, pelo contrário é um avanço.
P- Avanço como?
R- As pessoas passam a ser muito melhor atendidas nos hospitais públicos, não vai haver listas de espera. Todos os internamentos vão ser em quarto particular. Os pobres vão enfim poder ter todas as regalias dos mais afortunados. O que é incrível, é que nos acusam de política anti-social.
P- Dr. Passo de Coelho, deve haver aí alguma confusão. Isso vai ser negócio para as clínicas e seguradoras.
R- Pois vai, mas e qual é o mal? São organizações privadas que necessitam de clientes e temos a obrigação de criar condições de desenvolvimento a quem quer investir na saúde. De qualquer modo já há grupos que cheguem, segundo o meu conselheiro Ângelo. Eu conheço muitos empresários do sector e acharam a ideia brilhante, pois vai libertar o orçamento do Estado e nacionalizar os rendimentos das famílias.
P- Como sabemos que o seu tempo está limitado, colocamos mais uma questão, posta por email, de um leitor do JRW: “…a nossa sina como país, é ter a infelicidade de ter dirigentes do calibre do que lá está e daquele que para lá quer ir. Completos incompetentes, mentirosos, sem experiência profissional de governo de uma oficina, quanto mais de um país, mas são esses que têm o dislate de se proporem, pela ausência dos outros, esses sim, que têm o dever patriótico de assumirem as suas responsabilidades, mas refugiam-se. Esse tal Coelho é mais um pombinho sem habilidade para a causa. Conseguiu chamar a si as atenções, pelas piores razões, libertando o colega da pressão pública, não fosse ele demitir-se e para assim se aguentar mais um tempinho na oposição, porque não tem ideia nenhuma de como há-de governar. O que é que anda a fazer em Espanha? Estágio? Ou será o futuro regente ao serviço da coroa espanhola, como D. Miguel de Vasconcelos?...”
R- As observações desse leitor têm toda a pertinência e se me permite, vou-lhe responder. Estou a tentar a União Ibérica, para fazer face à crise. Juntos é mais fácil ultrapassar as dificuldades. O meu conselheiro Ângelo, que trabalha para várias empresas espanholas, já o referiu várias vezes e eu estou de acordo. Agora que são campeões do mundo, podem-nos ajudar muito e ando a assistir ao início de época do Mourinho, pois vou ter o mesmo problema quando chegar ao governo. Ele tem muita experiência no comando de grandes equipas e eu ainda nem por isso. Quando trabalhava era apenas eu e a secretária.
Foram estas as palavras de Passo de Coelho, que quer se goste ou não, foi directo, não se refugiando em lugares comuns, satisfazendo algumas das questões postas por leitores do JRW. A agenda do candidato, não nos permitiu mais perguntas, mas comprometeu-se em nova oportunidade a alargar o âmbito da entrevista.

1 comentário:

  1. Haja alguem com espirito critico ... desta palhaçada que se chama governo e oposiçâo .

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