«Conte um caso que corre bem em Portugal
Uma pessoa que arranjou emprego, uma empresa que está a conquistar mercados no estrangeiro, um projecto que está a ser um sucesso, uma iniciativa simples e genial... Conte-nos um caso, uma experiência, um projecto que esteja contra a corrente da actual conjuntura. Aceite o nosso desafio de olhar para o Portugal anti-depressivo. »
Jornal de Negócios Online
Perante este desafio do JORNAL DE NEGÓCIOS, antecipamos e fomos à procura de alguém que tivesse um caso que corra bem para contar.Não foi fácil, pois na sua esmagadora maioria tudo corre mal, os cidadãos e cidadãs deste país estão num estado tal, que só lhe ocorrem desgraças, mas com uma dose de sorte e após muitas portas bater, temos 2 depoimentos de sucesso, que merecem vir a público, até pela raridade que é, haver algo de bom para contar.
Valdemar Viegas, que nos solicitou o anonimato, tem um caso que corre bem em Portugal, fomos ao seu encontro.
P- Então Sr. Valdemar o seu caso corre bem?
R- Ora vamos lá a ver, eu não gosto muito de falar quando as coisas correm bem, sabe que as invejas são grandes e se um tipo diz que alguma coisa corre bem, é logo apelidado de qualquer coisa e o que estava bem, passa a estar mal como aos outros...
(Valdemar Viegas)
P- Mas o país precisa de ânimo....
R- Por isso é que me dispus a contar o caso.
P- Então conte-nos lá....
R- O caso já é antigo, a Mila sempre foi uma moça por quem eu tive um fraquinho, mas casou com um militar, ainda por cima desses que são das intervenções. Ela também sempre simpatizou comigo. Há ano e meio atrás, encontramo-nos por acaso na procissão dos Passos e desde aí, temos um caso, que por sinal até corre muito bem. Como também sou casado, vemo-nos numa pensão dos Caldeireiros, muito estimada e com ambiente familiar.
P- Então o seu caso que corre bem, é um caso passional?
R- Isso não sei, só sei que o meu caso é um caso pessoal e dela também...
P- Queremos dizer, é um caso de vida privada...
R- Sim...isso sim...porque nem eu nem ela somos funcionários públicos...o homem dela é...mas eu não...nem quero ser, pois por causa disso elas perdem-nos o respeito...antigamente funcionário do Estado era pessoa de bem e tinha crédito, hoje é considerado um chulo, sem moral, parasita que vive à custa dos outros. Ora eu não sou dessa escumalha, eu sou privado, por isso a Mila também me admira muito.
P- Então o seu caso, é um caso de sucesso?
R- É e estou orgulhoso dele, por isso é que me dispus a dar publicidade, para que os portugueses não estejam tristes.
P- Qual a sua mensagem?
R- Como sabe há muitos funcionários públicos e muita mulher como a Mila, se todos sabemos que têm de ser os privados a puxar por isto, vejam o meu exemplo e tenham um caso com a mulher de um funcionário público. É natural que não haja privados que cheguem para tanta mulher de funcionário, mas se for esse o problema, pode-se ter 2 ou 3 casos...
Este é o caso que corre bem a um cidadão nacional e deverá elevar a nossa autoestima, pois nem tudo vai mal neste imenso Portugal.
Falamos também com D. Emília Costeira, que também tem um caso que lhe corre bem, fomos saber sobre o feliz momento.
P- Então D. Emília conte-nos o seu caso.
R- O meu caso é um caso que me corre bem, mas tem tenho de ter muito cuidado. Sou casada com um funcionário público, das forças militares e que não é para brincadeiras. Mas tou fartinha dele até aos cabelos.
P-Então porquê?
R- A minha mãe bem me avisou para não casar com um funcionário público, ia ter má fama, ia-se falar que ele estava por minha conta e muitas coisas feias....não quis saber e pimba...tal e qual...
(Emilia Costeira)
P- Mas então o que aconteceu?
R- Cansei-me de viver sempre a esconder que o homem é funcionário público, dizia que era liberal, que fazia uns trabalhinhos para o Estado, mas que eram pequenos, que ia para fora para a privada, mas cá fazia uns biscates para o Estado. Mas não adiantou, o povo sabe o que ele é...e sou olhada de soslaio, até pareço criminosa, quando passo toda a gente nem olha e desanda logo...
P- Foi difícil a sua vida...
R- Foi até reencontrar o Valdemar, esse sim é da privada, agora ando de cara levantada...só é pena é que seja às escondidas no Porto, num hotel dos Caldeireiros, mas com muito bom ambiente e até tem Ialte Clube...
P- Então o seu caso que corre bem, também é passional?
R- Não senhor...é um caso dos dois, meu e do Valdemar.
P- Então é um caso que corre bem?
R- Maravilhosamente, o meu homem é bom de arma, mas para os criminosos, o Valdemar não...é bom com a arma sempre apontada a mim....
P- Estou a ver...R- Ai não está não...se visse até você se rendia aos privados...
Aqui está mais um caso que corre bem, apesar de idênticos, têm as suas diferenças, são dois casos que correm bem e que merecem ser publicados para nos dar um pouco de coragem e alegria num período tão triste da nossa vida nacional.
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