CRIME E CASTIGO
Dois jovens apanhados em Moçambique
Dois jovens apanhados em Moçambique
Violam cabra e são forçados a casar com o animal.
Dois jovens de Matsinho, Gondola, centro de Moçambique, foram apanhados pela polícia a manter relações sexuais com uma cabra e agora os donos do animal exigem indemnização e casamento. O caso está em tribunal.
Dois jovens de Matsinho, Gondola, centro de Moçambique, foram apanhados pela polícia a manter relações sexuais com uma cabra e agora os donos do animal exigem indemnização e casamento. O caso está em tribunal.
O caso de "flagrante delito" aconteceu na semana passada, no distrito de Manica, e fonte ligada ao dono da cabra disse à agência Lusa que o mesmo exige que os jovens sejam condenados em tribunal a casar com o animal. Os jovens, cuja identidade não foi revelada, terão sido apanhados a manter relações com a cabra no âmbito de uma espécie de ritual satânico.
"Um dos jovens estava nu enquanto segurava a cabeça, e outro a fazer sexo com o animal", contou uma testemunha a propósito da detenção policial. Mário Creva, a testemunha, disse que o caso se deu numa pequena mata na zona de Mbucuta, arredores do posto administrativo de Matsinho.
Esta notícia do CORREIO DA MANHÃ, pelo impacto que tem na opinião pública, impôs de imediato o envio de um repórter do JRW, para no local averiguar toda a verdade.
Fomos pela picada num todo o terreno até Manica, conversamos com a testemunha ocular, Mário Creva, que confirmou toda a ocorrência.
O proprietário da cabra vítima do assédio, Xibuca Gambão, com um semblante muito carregado, confidenciou num tom reservado, que a cabra Florzinha era a menina dos olhos dele. Tinha já noivo apalavrado, um cidadão de Sofala, que inclusive já a havia pedido em casamento. O crime da violação, deitou por terra todos os esforços de anos, para que Florzinha tivesse um futuro digno, compatível com uma cabrinha educada para constituir um lar feliz. A mulher de Gambão não quis ser entrevistada, mantendo o seu estado de recolhimento, perante tão infausta ocorrência.
Questionamos Gambão sobre a exigência de que os violadores, sejam obrigados a casar com a cabra Florzinha.
R- Mas és esvidente, se escomeram a cabra, que é uma filha pra nós, têm de escasar, não pode sê de outra esforma. A Florzinha pode estar esgrávida, os esmanos têm de açumir. Quem come espaga. A Florzinha tinha noivo que era o Gramido de Essofala, que adorava a cabra, tinha até esdado uma coleira de noivado, agora não quer nada com ela, pois já num é virgem.
Toda a Verdade foi ouvir os jovens acusados do desenlace. Esmano Cloaca e Chico Jinguba foram os presumíveis violadores.
P-Cloaca, o crime de violação é de grande gravidade, tanto mais que prefigura uma zoofilia, o que o levou a cometê-lo ?
R- Não fui eu. Só segurei a cabra para o Jinguba comer ela.
O Jinguba estava apaixonado pela Florzinha, mas sabia que ela estava noiva do Gramido, num havia outra forma, tinha de desflorar a Flor. O Gramido não gostava da Florzinha, ele só queria casar, por causa de entrar pra família do Gambão, que tem muitas cabras e vacas e ele queria comê-las a todas.
Jinguba, jovem negro de pele acetinada, acolheu-nos com grande simpatia, risonho, mostrando todo aquele marfim sem mácula.
P-Caro Jinguba agora vai ter de casar com Florzinha….
R- Espero bem esse momento. A Florzinha sempre foi a minha cabra, eu era pequeno e já montava em cima dela para passear pela picada. Passávamos dias a fazer mééééééé um para o outro. Veja o meu desgosto quando soube que o Gambão deu a Florzinha ao Gramido de Sofala. Só porque sou pobre, ele vendeu a cabra ao moleque. Sempre respeitei a cabra, queria fazer amor com ela só na noite de núpcias, mas o desespero apoderou-se de mim e disse à florzinha que ia perder a cabeça, disse-lhe que ia violá-la com a ajuda do Cloaca. Ela disse méééééééééé, que quer dizer que estava de acordo, pois só me amava a mim.
P-Mas porque estava o seu amigo nu em frente da cabra ?
R- Sou muito parecido com o Cloaca, foi para ela ver pela frente, quem estava por trás….
P- Não deixa de ser um crime o acto que cometeram…
(concentraçaõ de amigas de Florzinha)
R- Não é crime nenhum, foi por amor, eu quero casar com Florzinha e mesmo que tivesse sido comida antes, eu queria casar na mesma. Romeu e Julieta, aqueles dois brancos daquela história, também morreram por amor, eu não matei nem morri, comi a Florzinha para ser minha. O Gramido só queria a cabra para dar o leite e comê-la na panela. Eu quero o leite dela, mas para dar de mamar aos nénés. Eu amo a Florzinha e se vós os brancos podeis casar com quem quereis, eles e elas , eles e eles e elas e elas, porque razão aqui o Jinguba não pode casar com a cabra ?
Toda a Verdade viu, ouviu e levou até si, tudo o que foi noticiado como um delito na África profunda, que afinal não passou de uma história de amor impossível.. Se estamos perante um crime, o castigo é o prémio do infractor. Estranho mundo este, em que o castigo para o delito é a felicidade do prevaricador.....
do n /enviado especial
PM
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