A Espanha está
na falência, mas tal como o dono de uma empresa insolvente não o admite e demora
a pedir ajuda. Tem sido sempre assim com os que chamaram a Troika. Sócrates
negou e também demorou. Esses delays causam prejuízos agravados. As taxas de
juro para colocação da dívida pública (yeld das obrigações espanholas) são uma verdadeira agiotagem (> de 7 %) e
tornam insustentável o financiamento do país.
A Espanha é a 5ª
economia da U.E e qualquer pedido de resgate será um tiro no porta aviões,
comparado com a Grécia, Irlanda e Portugal. Seguir-se-á a Itália que naturalmente
não resistirá ao eclipsar da Espanha.
Desta forma o
núcleo da armada invencível foi alvejado certeiramente e a Alemanha viu cortado
o seu triple A, que é como quem diz que
os alemães começam também a ser inundados.
O euro atinge perdas surpreendentes, batendo
recordes de mínimos sobre o USA$ e o Yen. A Europa mete água na casa das
máquinas e parece impotente para evitar o afundamento. Os salva vidas são
insuficientes para comportar todos os passageiros. Vai ter de ser feita uma qualquer selecção que tente isolar as áreas
afectadas, mas já é tarde, a água irrompeu com tal violência, que a tentativa
de fechar as comportas já não será possível. A seguir será o naufrágio, que tem
sido anunciado há muitos meses e sistematicamente minimizado pelos responsáveis
da U.E e pelos políticos dos próprios países em default.
Os
denominados índices do medo, que reflectem a volatilidade das bolsas mundiais,
prenunciam o afundamento da Espanha e normalmente não se enganam. Tudo isto
resulta da incompetência de alguns que devastará a vida de muitos. A crise
financeira só agora vai começar. Os pequenos países foram pequenas ondas
comparadas com o tsunami que está a chegar à costa. Preparem-se que o filme vai
começar.
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