O défice sextuplicou o de 2011. Passou
de 194 milhões até Maio de 2011 para 1.238 até Maio de 2012. Onde está o erro
colossal?
As receitas fiscais caíram 3.5 %,
conforme os seguintes exemplos: IVA previsto um crescimento de 10.6 % a realidade
foi uma quebra de 2.8 % (um erro de previsão de 18 % !!!); imposto automóvel
ISV previsto pelas Finanças: uma quebra de 15.3 %, a realidade: - 48 %!!!.
Nos outros impostos, com excepção do
IRS (óbvio…), o “environment” é o mesmo…
Moral da história, o Dr. Gaspar
esqueceu-se de prever a recessão e agora deita as mãos à cabeça, perplexo com o
buraco orçamental que a seguir o quadro dos 5 primeiros meses chegará aos
2.200. milhões de euros!!!. A austeridade serviu para agravar ainda mais o défice
do Estado. Apesar da diminuição de algumas despesas, particularmente as que
incidiram nos gastos com pessoal (óbvio…), o aumento dos juros e o descalabro
do IVA que constitui mais de 40 % da receita de impostos do Estado, prefiguram um quadro devastador.
A execução orçamental torna evidente o
que se sabia: ou a Troika aprova um défice superior ao estimado ou zás, mais
austeridade num ciclo sem fim.
O Dr. Gaspar monetarista convicto,
irrompe sobre as finanças esquecendo que a Economia é que lhe pode sustentar a
estratégia possível. Sem empresas a operar que exportem ou substituam importações, sem
produção agrícola e industrial que criem riqueza objectiva na produção de bens
transaccionáveis, sem sistema bancário a apoiar o investimento, o que resulta
são menos impostos arrecadados e mais subsídios de desemprego, ou seja: aumento
de défice e empobrecimento económico.
É elementar e o ministro parece como que
surpreendido, com o ar que quem tem feito tudo para cortar, mas a receita não está
a ajudar…como se uma coisa fosse dissociável da outra, como se a despesa
pudesse diminuir e a receita não se ajustasse à perda de rendimento dos
consumidores privados.
Ora bolas Dr. Gaspar, afinal o senhor
não é o pai do erro colossal, o senhor ministro é mesmo o erro colossal…
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