Hoje falamos da
esquerda.
Está pulverizada, não
se percebe bem até o que é. Vejamos:
A esquerda parlamentar:
Comunistas, bloquistas, verdes e outros afim. O PS não sendo deste grupo, nem do da direita, é uma coisa híbrida, dá para os
dois lados.
A hipocrisia de
comunistas e dos ditos bloquistas é evidente. Derrubaram o PS abrindo as portas
à direita. Diziam eles que a política de Sócrates e dos socialistas lesavam os
interesses dos trabalhadores. Pensariam eles que iriam ocupar o lugar do PS?
Não, pelo contrário,
baixaram a base de apoio.
O PSD e o CDS
davam-lhes maior confiança para a defesa dos interesses dos trabalhadores?
Pelos vistos também
parece que não, basta ver o que
passa...
Então porquê?
Porque sabem que nunca
terão a responsabilidade de governar e só sobrevivem no ataque ao poder, seja
ele de que cor seja.
São folclóricos e têm
tempo de antena, mas misturam o supérfluo com o essencial, defendendo o
impossível e desprezando as condições a que chegamos. São o maior suporte da
direita para o exercício do poder. Os neo-liberais precisam deles como válvulas
de escape, mas só para isso. Servem para o protesto, mas não mudam nada. Veja-se a greve geral e os reflexos nulos no
OE para 2012.
A outra esquerda é a
sindical, também ela muito apegada aos partidos, com os líderes já desgastados
e há demasiado tempo em funções. Na rua
parece importante, mas nos centros de decisão inexistente.
A esquerda
reivindicativa passou de moda, parece o D. Quixote a lutar contra os moinhos de
vento, não percebeu ainda que o adversário tem uma força demolidora. Sem
capital não há trabalho, sem capital não há crescimento, sem capital não há
política social. Pode haver manifestações, greves, indignados, etc., mas o
resultado disso tudo é mais desemprego, mais empobrecimento e menos política
social.
A esquerda ao longo dos
anos também não se preocupou com o facto de gastarmos mais do que produzíamos e
de que só com os empréstimos do
exterior se mantinha artificialmente a economia.
A sua ânsia
reivindicativa foi também ela responsável pelo aumento do endividamento
externo, gerou falsos rendimentos, que não passaram de adiantamentos do
capital, que agora cobra com juros e pobreza.
Nos políticos da área
do poder já se mudaram os líderes e o governo, na esquerda nada muda, nem
líderes, nem ortodoxia de pensamento, nem eficácia no discurso. A esquerda parou no tempo e só serve para
garantir a aparente democracia parlamentar nas votações, dando legitimidade às políticas
monetaristas que é a “european fashion”.
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